Equipa da Década

O site goal.com, que é, na minha opinião, o melhor site de futebol que conheço, levou a cabo nas últimas semanas uma eleição muito interessante, até pela dificuldade das escolhas e discórdia que gera. Os editores do site foram elegendo, ao longo de vários dias, as equipas da década (2000-2009) das maiores selecções e clubes do mundo, com as escolhas sempre muito bem justificadas, ainda que algumas vezes polémicas. Por exemplo, os leitores italianos passaram-se por o Del Piero ter ficado de fora da squadra azzurra...A título de exemplo das eleições, Portugal foi uma das selecções analisadas, e o nosso onze era:
Ricardo, Bosingwa, R.Carvalho, J.Andrade e Rui Jorge; Costinha, Deco e Rui Costa; Figo, Pauleta e Ronaldo

Mas o climax, a eleição principal, e cujo veredicto até foi adiado por algum tempo porque os editores não conseguiam chegar a acordo no lugar de defesa-esquerdo, foi a equipa mundial da década.

Finalmente ontem lá saiu, como podem ver neste link. Só de ver os nomes que ficam de fora, como C.Ronaldo, Messi, Kaká, Gerrard, etc...mas é um dream team claro e acho que no geral bem escolhido. Se não tiverem paciência para ler o artigo em que se explica tudo, a equipa é: Buffon, Thuram, Nesta, Cannavaro e Maldini; Makelele; Figo, Zidane e Ronaldinho; Ronaldo (o Fenómeno) e Henry

A minha equipa não seria muito diferente desta, mas:

- a defesa esquerdo punha o R.Carlos em vez do Maldini; nesta década ambos ganharam um campeonato do mundo, 2 champions (contando com o título europeu de 99/2000 do Real), 2 títulos nacionais do R.Carlos (Real em 02/03 e 06/07), um do Milan em 03/04, pelo que em títulos "maiores" ganha o brasileiro. E acho que no geral teve sempre, apesar de ser pior defesa que o grande capitão do Milan, uma importância mais transcendental que o Maldini, pelo que atacava e pelos golos que marcava.

- na linha média apesar de tudo tirava o Figo e punha o Gerrard, não porque o Figo não seja um colosso, um dos maiores de sempre e superior no auge ao inglês, mas porque acho que os melhores anos dele foram ainda na década de 90 (por acaso o melhor para mim foi 99/00, o que pela lógica de acima rebate o meu argumento, mas acho que no conjunto dos anos da década tivemos um Gerrard a um nível altíssimo mais tempo que o Figo). Claro que olhando ao palmarés do Figo, e os títulos têm que contar muito, é uma champions, 5 títulos nacionais (apesar de um ganho na secretaria), vice-campeão da Europa e 4º lugar no Mundial com Portugal, bate o Gerrard aos pontos...mas apesar de tudo acho que durante a década o Gerrard jogou mais (admito que possa estar a ser influenciado por adorar o gajo...)

Já agora, o meu treinador da década é o Mourinho...

Critiquem à vontade e deixem as vossas equipas de sonho também:)

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Keirrison

Alguém ficou a vê-lo passar...
Quero ver essas capaz de jornal!

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Problemas no Blog parte II- Actualização

Não tem sido fácil manter o template do blog. Por um problema ou outro temos sido obrigados a mudar constantemente. O problema será resolvido o mais rápido possivel. Desde já apresentamos o nosso pedido de desculpas aos nossos visitantes.

Voltamos de novo em força, mais uma vez com um novo template, desta vez para ficar pois este não tem como expirar, nem armanezamento limitado de imagens.
Entretanto o Benfica lá voltou a ganhar quando Jesus fez anos!

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O Benfica 2009


O Benfica apesar da derrota de hoje frente ao Atl.Madrid, até fez um bom jogo mas ainda é pouco e, muito terá de melhorar para embalar para uma boa época.

No entanto o desenho táctico de Jesus está bem definido, e as peças que farão parte já se deslumbram nos diversos sectores do terreno.
No quadro para completar caberá Mantorras na linha da frente, e a inclusão talvez de Roderick Miranda em chamadas pontuais a equipa principal.

Sem espaço, penso que ficará Jorge Ribeiro, Urreta, Adu, Balboa e Nelson Oliveira. A excepção de Jorge Ribeiro, julgo que um empréstimo a um clube da liga Portuguesa fará crescer os restantes, sendo que Nelson Oliveira regressará aos juniores.

Se a indefinição está na baliza, podendo o Benfica ainda optar pela compra de um guarda-redes, no centro da defesa as coisas estão bem melhores, o Benfica possui 4 defesas centrais seguros sendo que será aqui que se notará menos diferença caso tenha de haver mexidas. Miguel Vitor esta cada vez mais jogador, e adivinha-se uma intensa luta por um lugar no centro da defesa.

Já nas laterais, a excepção de Maxi ainda ninguém convenceu. Shaffer cruza bem, mas também eu cruzava com a idade dele e não passei dos distritais. Terá de mostrar muito mais! Sepsi continuo com a mesma opinião, “nem ata nem desata”. Patric vinha com boas referências mas até então ainda pouco mostrou, diga-se de passagem que a concorrência também é forte.

A frente da defesa jogará Garcia, não conheço o jogador mas não posso conceber que alguém que custe 7 milhões não seja titular indiscutível.

Na direita julgo que Ramires ganhará o lugar, mas o cansaço do jovem brasileiro não ”tapará” de todo Ruben Amorim.

Na esquerda terá de ser o ano de explosão de Di Maria, Jesus aposta forte, e Di Maria se quiser ser jogador terá de corresponder, para já tem cumprido, veremos se manterá/melhorará ao longo da época o nível exibicional. Na sombra estará Fábio Coentrão que está a realizar uma excelente pré-época, espero que desponte também todo o seu talento.

A posição dez não há margem para dúvidas e Aimar este ano terá e está para já a jogar mais. Espera-se também que não seja assolado por lesões, pois não deposito muita fé em Carlos Martins para aquele sector do campo.

Na frente será a dupla Cardozo/Saviola sem qualquer dúvida. E se o Argentino ainda se está a adaptar ao futebol Português (e acredito que consiga tanto adaptar, como “calar” o Duarte), o tácuára tem mais que obrigação de fazer a sua melhor época, e eu acredito muito que conseguirá.

Entretanto está outra votação no Settore! Precisa ou não o Benfica de um novo guarda-redes?

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Javi Garcia

Não conheço, mas parece-me caro... Muito caro!
Mas por este preço só espero que seja bom... Muito bom,porque o Benfica não se pode dar ao luxo de gastar 7??!! milhões por um flop...

P.S- O avançado pode ser Weldon! Chega de esbanjar milhões!

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O projecto do Xeque

Muito se tem falado no projecto madridista de Florentino, com o ressurgir da aposta em galácticos de valor inquestionável, e com isso talvez não se esteja a dar o destaque devido à continuação da epopeia gastadora do Xeque Mansour, que há cerca de um ano tomou conta da maioria do capital social do Manchester City. A propósito, comprou-o a outro magnata, um ex-primeiro ministro tailandês a braços com um julgamento por corrupção no país natal (e andam os benfiquistas preocupados com "papões" do tipo Prisa ou Cofina, que ao lado das personagens sinistras que desaguam no futebol inglês parecem instituições de caridade...).

A aposta de Mansour, tal qual Abramovich no Chelsea uns anos antes, era clara, fazer do City, e praticamente do zero, o maior clube do mundo. Se o ano passado a investida no mercado, mal delineada e preparada, se saldou apenas no desvio de Robinho das barbas de Scolari e do Chelsea nas últimas horas do período de transferências, já este Verão tem-nos presenteado com um ataque fortíssimo a tudo o que mexa e marque golos, com 100 milhões já gastos e um fascínio incontrolável pela posição de avançado. Roque Santa Cruz, Carlos Tevez - num golpe profundo ao rival United, que creio se ir arrepender de não ter valorizado o argentino suficientemente - e Adebayor enriqueceram um plantel que na linha de ataque já contava com Bellamy, Bojinov, Benjani, Caicedo (por quem o Sporting desespera) e Ched Evans. Se cabem todos, logo se verá, o que importava era dotar de Mark Hughes de um poder de fogo de respeito, e das dispensas depois se trata (um pouco como em Madrid, curiosamente ou não).

A par disto, uma excelente contratação para o meio-campo, Gareth Barry, e, ao que parece, Lescott chegará para defesa-central. Muito importante também, Martin Petrov estará completamente recuperado das lesões que o apoquentaram durante muito tempo.

Aceitam-se apostas para o que o City poderá fazer, para já perdeu 2-0 num particular na África do Sul, mas de facto a tarefa de Mark Hughes, ainda que aliciante, poderá ser hercúlea, porque conjugar tantos craques novos e egos (o de Robinho então...) será um problema.

Podemos tentar imaginar o que seria uma equipa titular, em 4-4-2: Shay Given indiscutível na baliza, uma defesa com Micah Richards, Richard Dunne e um central a chegar (ou talvez um recuo de Kompany para a posição que o notabilizou no futebol belga), e Wayne Bridge à esquerda; meio-campo com Elano, Ireland, Barry e Robinho; Adebayor e Tevez na frente. Com Petrov, De Jong, Shawn Wright-Phillips, Bellamy ou Santa Cruz à espreita de um lugar ao sol. Uma grande equipa em qualquer parte do mundo, embora a precisar de se reforçar na zona central da defesa.

Não sei se o projecto vai resultar, pelo menos já no ano que vem, mas vaticino um quarto lugar, com apuramento para a Champions. Atrás de United, Chelsea e Liverpool (não necessariamente por esta ordem) e à frente de um Arsenal em que mais uma vez o sr. Wenger se vai orgulhar de "estar a formar uma equipa para o futuro" e "jogar um futebol muito bonito"...pois e títulos?

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Falcao azul

Já cá está o novo avançado do FC Porto. Radamel Falcao García, colombiano, ex River Plate, foi o eleito para substituir Lisandro López. "El Tigre", como é conhecido, custou quase quatro milhões de euros aos cofres azuis e brancos e tem agora por missão apresentar a qualidade com que vem rotulado da Argentina.

Pretendido pelo Aston Villa, Zaragoça e Portsmouth, a escolha do atleta acabou por recair no Porto, onde poderá jogar na Liga dos Campeões Europeus e ser-lhe-á certamente dado o tempo que necessita para se adaptar e impor o seu futebol. Dele se esperam golos e exibições similares àquelas que fizeram com que, a par de Diego Buonanotte, se tenha tornado na principal figura do River Plate que conquistou o campeonato argentino em 2008. Nunca o vi jogar, mas já tinha ouvido falar bem dele e pelo que dizem é diferente de Lisandro e mais parecido com Jardel por ser o típico ponta de lança fixo. Nada que preocupe pois, para assegurar mobilidade no ataque, Rodriguez e Hulk chegam e sobram e se, quando as bolas chegarem lá à frente, Falcao souber aproveitar, então estamos na presença de um trio de ataque de luxo ao serviço do campeão nacional.

De referir que Falcao chegou a interessar ao Benfica que não conseguiu chegar a acordo com o jogador para que a transferência se concretizasse e, depois de perceber que o Porto estava interessado, optou por declarar o seu desinteresse pelo atleta. Já se sabe que nestas coisas depois a lógica do "adepto" é sempre a mesma. Quando ia para o meu clube era o melhor, agora que vai para o meu rival já não presta e é totalmente desnecessário; o pensamento é mais ou menos este. Aquilo que se passa é exactamente isso. Não é que eu ligue ou valorize muito, mas tive por acaso a curiosidade de ler alguns comentários relativos à ida de Falcao para o Porto no Jornal Record. Os benfiquistas não perderam tempo em apontá-lo como um flop (não sabia que havia um canal português que passava jogos do campeonato argentino para estarem todos tão bem informados sobre as debilidades do rapaz). Só que também me dei ao irónico trabalho de consultar os arquivos do mesmo jornal e, numa notícia passada que dava conta do eminente acordo entre este jogador e o Benfica, os comentários eram totalmente diferentes e cheguei ao cúmulo de ver as mesmas pessoas dizerem coisas radicalmente opostas nas duas notícias.

A verdade é que, depois de Álvaro Pereira, Falcao é mais um jogador que prefere os ares do Dragão aos da Luz. Também nada que deva ser empolado, até porque, como já disse noutro post, estas coisas acontecem com naturalidade. Se o Porto entendesse que Falcao era mau, não o iria concerteza buscar só porque o Benfica estava interessado nele. Além de que aquilo que irá interessar, em suma, é se o seu rendimento será ou não satisfatório e não é o facto de ter sido pretendido por outro clube que pesará nessa avaliação.

Como já disse, nunca vi o jogador em acção, por isso não posso avançar com uma opinião totalmente pessoal acerca das suas valias. Porém, pelas informações que chegaram e a avaliar pelos clubes interessados, merece o benefício da dúvida e portanto olho para esta contratação com um prudente optimismo.

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Abram alas que aí estão eles de volta

Os tetra campeões nacionais fizeram esta quarta feira, em Aveiro, o seu segundo jogo de preparação, o primeiro para que os adeptos pudessem ver em peso, e venceram por 3-1 o Leixões. Como já referi, a pré-época para mim não faz minimamente com que se possam antecipar campeões. Se assim fosse haveria dois clubes desde logo consagrados: o Benfica como tetra campeão das aquisições sonantes e o Sporting como tetra campeão do sistema táctico e estabilidade exibicional.

No entanto, estes jogos não são assim tão irrisórios que possam ser totalmente desvalorizados. No Porto sobretudo, havia a expectativa de ver como iria reagir a equipa à saída de duas das suas principais figuras. O que se viu foi que a dinâmica se manteve inalterável. Raul Meireles vai ganhar outro protagonismo no sistema de jogo, Varela parece ser reforço na verdadeira acepção da palavra, Hulk está com fome de bola e Belluschi mostra pormenores de classe. Se a isto acrescentarmos as entradas de Valeri e Falcao (de que falarei num post futuro), o Porto tem tudo para voltar a lutar pela revalidação do título.

Quanto ao jogo em si, a primeira parte foi, quanto a mim, bastante melhor que a segunda. Fernando esteve impecável e permitiu que os azuis e brancos fizessem uma pressão altíssima e não deixassem que os homens de Matosinhos tivessem tempo para fazer a sua defesa respirar. Marcou-se um golo, numa boa jogada de Varela, coroada com um movimento de génio de Hulk que abriu caminho à simplicidade da finalização de Belluschi. Nuno André Coelho e Maicon foram os centrais eleitos para começar o jogo. O primeiro esteve em relativo bom plano, ainda que demonstrando algum nerovsismo natural dadas as circunstâncias, e o segundo, embora discreto, não complicou. Em bom plano esteve também Cissokho. Para os que diziam que vinha desmotivado e arrasado pela esperteza saloia do Milan, aí está uma aparente resposta. Sempre bem, quer a atacar quer a defender.

Na segunda parte foi altura para ver o também reforço Álvaro Pereira em acção. Não teve muito para fazer, até porque, como referi, o segundo tempo esteve mais morto e os jogadores estavam naturalmente mais desgastados. Porém foi possível ver que é um jogador aguerrido e que sobe com frequência, tendo mesmo feito um bom passe para Hulk que não soube aproveitar. De relevante mais, só mesmo para referir que Raul Meireles e Bruno Alves estiveram iguais a si próprios. Aquele que menos me impressionou talvez tenha sido Tomás Costa. Não é que tenha jogado mal, mas pareceu-me muito desaparecido no jogo.

Agora é esperar para ver se Cissokho e Bruno Alves irão ou não sair. No presente momento, o Porto apresenta um plantel com várias soluções e todas elas com vontade de mostrar o seu valor. No próximo sábado os dragões apresentam-se aos seus associados num jogo com o AS Mónaco e será mais um teste interessante, em perspectiva, para a equipa de Jesualdo Ferreira. Até porque mesmo sabendo que estes jogos não significam por si só o sucesso ou o insucesso de uma época, mais vale ganhá-los do que perdê-los .

PS: uma nota apenas para falar da arbitragem. Aquele penalty foi assombroso. Se já estamos assim na pré-época, imagino o que não será quando o campeonato começar e a pressão for maior.

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O outro Ronaldo

Ultimamente tem-se falado muito de Ronaldo, o português, e até do velho Ronaldo Nazário de Lima, que prossegue o seu excelente regresso a casa com golos , títulos e muita, muita classe ao serviço do Corinthians, mas há um outro Ronaldo, com direito a diminutivo, que voltou ontem também a ser notícia depois de longos e tristes meses afastado dos holofotes que outrora o cobriam a toda a hora.

Falo de Ronaldinho naturalmente. O craque (ou já não...) brasileiro foi intimado por Silvio Berlusconi, no discurso de início de época que o patrão do Milan e PM italiano fez ao plantel rossonero, a ter um comportamento profissional, ser um exemplo para os colegas, e assumir-se como grande referência da equipa durante a época que agora vai começar, mais a mais quando Kaká partiu e nenhum outro craque chegou ainda: haverá Fabiano, mas esse é para facturar, não para comandar a equipa como fazia o novo 8 do Real Madrid.

Pelas declarações que se lhe ouviram, Ronaldinho terá aceite bem o desafio proposto, prometendo corrigir o comportamento, e demonstrou total confiança numa grande época pessoal e colectiva - e até prometeu que dedicará a época a Berlusconi. A questão é...onde é que já vimos este filme?




Parece que já foi noutra vida, mas a verdade é que Ronaldinho ganhou o titulo de melhor jogador do mundo para a FIFA ainda não há muito tempo, 2004 e 2005, pelo que, ainda abaixo dos 30 anos, deveria estar agora até na plenitude das suas potencialidades e maturidade. A verdade é que, após os títulos espanhol e europeu com o Barça em Maio de 2006, a carreira de Dinho nunca mais foi a mesma. Começou logo pelo incrível flop da canarinha no Mundial da Alemanha, onde o brasileiro desiludiu por completo, envolto em equívocos tácticos de Parreira, incapaz de o conciliar com Kaká – aliás como Ancelotti no Milan, mais tarde. Verdade seja dita que, por outro lado, estava também esgotadíssimo depois de uma superépoca, onde jogou a nível altíssimo, pelo que o falhanço era de certa forma natural. O pior foi o que se seguiu. Duas épocas penosas no Barça, cheias de lesões, problemas disciplinares com Rijkaard, múltiplas ausências a treinos devido a compromissos publicitários (qualquer coisa como 80 treinos perdidos por época por causa disso!!!) e uma progressiva degradação da imagem aos olhos dos adeptos blaugrana, para quem Dinho e Deco minavam o profissionalismo da equipa e para quem Leo Messi se tornava cada vez mais a verdadeira menina dos olhos. O destino estava traçado, mais a mais com a chegada de Guardiola, um exemplo de conduta ao longo da carreira e que por isso não tem paciência para vedetismos.

Ronaldinho partia para Milão, não sem antes se despedir, mesmo tendo saído a mal, numa carta memorável aos adeptos (ver link), sendo depois apresentado perante 40 mil tiffosi eufóricos em San Siro. No papel era uma equipa de sonho, com Pato, Pirlo, Kaká, Seedorf, Ronaldinho, etc, e este último começou por fazer uma primeira volta de muito bom nível, parecendo recuperar a aura perdida, com golos e, sobretudo, a sua inigualável visão de jogo e capacidade de pôr uma equipa a jogar. Tudo se esfumou rapidamente, mais uma vez com lesões, mas eu quero acreditar que o talento incrível de Ronaldinho vai, se ele tiver vontade, levá-lo de volta ao topo.

Cristiano é o melhor rematador e jogador mais completo do mundo, Messi o melhor driblador, mas Ronaldinho é, em talento puro, um extraterrestre. Quem não se recorda do golo dele em Stamford Bridge com Cech colado à relva, da sinfonia com direito a ovação no Santiago Bernabéu ou do passe sublime para o Giuly marcar em San Siro nas meias finais da Champions em 05/06? São momentos maravilhosos que eu quero poder ver outra vez. Mas como o Duarte disse no último post, o pior é se ele está mais apostado em se tornar noutro Adriano...

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Série A: o gigante adormecido

Longe vão os tempos em que me deliciava a ver os jogos do campeonato italiano. É certo que este sempre se caracterizou pelo seu estilo defensivo, mas os jogos eram disputados a uma grande intensidade. Eram os anos da Lázio, da grande Lázio de Cláudio Lopez, Nedved, Nesta e Fernando Couto, da Roma campeã com Capello ao comando de Totti, Batistutta, Cafú e companhia. Tudo isto a juntar aos inevitáveis Inter de Ronaldo, Djorkaeff ou Seedorf; Milan de Weah, Boban, Albertini e Desailly; e Juventus de Del Piero, Vialli, Ravanelli, Davids e Zidane. Depois havia os sempre outsiders Parma, com Cannavaro, Crespo, Almeyda, Veron e Buffon, bem como a Fiorentina de Toldo, Rui Costa e Batistutta (antes deste se transferir para Roma). Os jogadores que citei são apenas uma pequena amostra da qualidade que a Série A evidenciava há uns anos a esta parte e que fazia dela a Meca dos craques do futebol mundial.

De então para cá tudo mudou e houve várias situações que fizeram com que a liga italiana tenha chegado ao estado degradante em que se encontra hoje. Não é só ao Calcio Caos que me refiro, isso é apenas a cereja no topo do bolo. Tudo começou pela gestão ruinosa a que foram entregues alguns destes clubes. O Nápoles foi o primeiro a sofrer com isto, tendo baixado de divisão sucessivamente devido a problemas financeiros que quase culminaram na extinção do clube que viu brilhar Maradona. Seguiu-se a Fiorentina que, pelos mesmos motivos, foi despromovida àquela que correspondia à segunda divisão B em Portugal. Também a Lázio viveu uma situação idêntica depois do seu dono, Sérgio Cragnotti, ter visto a empresa de que era proprietário, a CIRIO, ir à falência. Embora os Laziale nunca tenham descido de divisão foram obrigados a vender as suas estrelas e hoje têm um plantel pefeitamente banal, Pandev e Zarate à parte, e ao alcance de qualquer um dos grandes clubes portugueses. Como se tudo isto não bastasse, o processo Calcio Caos fez mais tarde, entre outras coisas, relegar a Juventus para a segunda divisão, estando o clube de Turim ainda hoje à procura do norte que perdeu aquando deste escândalo.

No meio deste marasmo, sobram Milan e Inter, depois do Parma ter também perdido o seu peso após a Parmalat ficar na bancarrota. Só que os clubes de Milão debatem-se também eles com diversos problemas. O AC Milan porque não vence o scudetto desde 2004, o Inter porque mesmo sendo tetracampeão, não consegue ser suficientemente competitivo para chegar longe na Europa, sendo constantemente eliminado nos oitavos de final. Além disso, Moratti já demonstrou que não pode para já gastar o dinheiro que gastou no passado recente, em que contratava dezenas de jogadores.

Para além do que referi, existe também o problema das condições nos estádios italianos. A maior parte deles estão velhos e decrépitos, tive a oportunidade de o constatar há uns anos quando estive de férias em Itália e conheci alguns dos principais recintos daquele país. É verdade que estão quase sempre lotados, porque a paixão dos milhares de "Ultras" não diminuiu e o seu amor ao clube é maior do que aquele que têm ao jogo em si. Mas isto entronca noutro grande problema do calcio: as claques. Se são elas que, nalguns casos, mantêm os clubes vivos, também, paradoxalmente, são causadoras da perda de peso do futebol transalpino. O facto de muitas delas terem um peso excessivo na estrutura dos clubes já se revelou péssimo. Então no caso da Lázio é gritante a forma como os Irriducibili interferem com a gestão do clube e o pior é que o fazem pois os dirigentes temem sofrer represálias no caso de não obedecerem. A acrescentar a isto está a vertente política que se assume como parte ideológica de muitos tiffosi, pelo que várias vezes assistimos a jogos entre clubes que, não sendo historicamente rivais, tornam aquilo que devia ser um normal desafio numa autêntica batalha campal. Disso são exemplo jogos entre a Lázio (com uma claque de elementos ligados à extrema direita fascista) e a Atalanta (com elementos ligados ao Partido Comunista italiano).

Pessoalmente não me lembro qual foi a última vez em que um campeonato decorreu em tália sem que pelo menos um jogo fosse cancelado ou jogado à porta fechada devido ao mau comportamento dos adeptos. Tudo isto desgasta a imagem externa do campeonato em questão. Já imaginaram o que seria se na Premier League todos os anos meia dúzia de jogos fossem adiados por confrontos entre adeptos de clubes diferentes? Provavelmente as dezenas de televisões que cobrem esta competição não estariam para pagar as somas exorbitantes que pagam para ter os direitos de transmissão das partidas, logo os clubes ingleses não teriam o poderio económico que têm.

Na época passada houve um claro esforço para que esta liga recuperasse o fôlego de outrora com as contratações de Mourinho para o Inter e de Ronaldinho e Beckham para o Milan. Isso não chegou porque os problemas são muito mais profundos. O próprio estilo de jogo que predomina em Itália, o famoso Catenaccio, já passou de moda e para além de se ter tornado previsível é demasiado entediante para que os amantes do futebol de outros países percam tempo a vê-lo. A saída de Kaká para o Real Madrid foi outra facada nesta liga já de si frágil. Sem ele resta Ibrahimovic para salvar a honra do convento. Agora imaginem, por hipótese, que este também saía. Provavelmente tudo ficaria resumido à magia de Diego, à entrega de Zanetti, à experiência de Del Piero e pouco mais, enquanto Ronaldinho decide se quer continuar a ser o jogador que encantou o mundo ou se, por outro lado, está mais interessado em tornar-se numa nova versão de Adriano.

De futuro convém que os responsáveis máximos pelo futebol italiano tomem medidas para promoverem novamente a sua liga. A Premier League tem nos últimos anos chamado a si os principais jogadores mundiais, graças a uma extraordinária política de promoção do futebol enquanto espectáculo de entretenimento consumido pelas massas. Isto consequentemente atrai grandes marcas, desejosas de dar o seu patrocínio e ver o seu nome ligado a um evento que comporta uma audiência tão grande e diversificada. Aliás se não fosse o sucesso desportivo do Barcelona no ano passado e as contratações do Real Madrid este defeso, a Premier League corria o sério risco de se transformar numa espécie de NBA do futebol. Ora isto não seria bom para ninguém, excepto para os ingleses, claro.

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O primeiro de Jesus


O Benfica efectuou hoje o primeiro jogo da pré-época frente ao Sion, o qual acabou empatado a 2 bolas. Mas o resultado nesta altura é o que menos interessa sendo que o fundamental é a equipa assimilar toda a estratégia de Jorge Jesus, e criar rotinas de jogo.

E em duas semanas de preparação, pode-se dizer que se nota já a “mão” de Jesus nesta equipa. A primeira parte ficou marcada por boas trocas de bola, e por alguns pormenores técnicos muito bons.

Destaque para Aimar, solto como nunca esteve na época transacta conseguiu deixar bom futebol enquanto esteve em campo, e para Fábio Coentrão que me parece determinado em ficar no plantel este ano.
Algo em baixo estiveram Carlos Martins e Sepsi. Julgo que o romeno não terá estofo para ser titular, pelo que espero que Shaffer seja mesmo reforço.

No final do jogo voltou a falar-se num avançado. Sou da opinião que o ideal era ficarmos com Nélson Oliveira na equipa principal, o júnior do Benfica que Jesus levou para estágio e que jogou também nesta partida. Julgo que em vez de voltarmos a gastar euros em contratações devíamos dar oportunidade aos jovens da nossa “cantera”.
Amanhã o Benfica defronta também na Suiça os últimos campeões da Taça UEFA, os ucranianos Shakhtar Donesk.

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O defeso português

Quem consultar a imprensa desportiva portuguesa por esta época do ano e se der posteriormente ao trabalho de ler as crónicas dos opinion makers, bem como as opiniões do público em geral, não deixa de retirar ilações engraçadas. De repente, parece que Pinto da Costa e Antero Henrique se transformaram em meninos da escola primária que apenas cobiçam infantilmente tudo aquilo que o Benfica quer, que compram mal e vendem pior e que, já agora, continuam com a estratégia maquiavélica de emprestar jogadores a vários clubes da primeira liga para depois obterem "favores" desportivos com isso. Já Rui Costa e Luís Filipe Vieira tornaram-se gestores de primeiríssima água, tendo ainda por cima acabado de criar a enésima dream team que vai novamente devolver aos benfiquistas as alegrias de outros tempos.

No outro dia vi parte de um debate na RTPN que tinha a próxima época futebolística como pano de fundo. O painel de comentadores era consituído por três pessoas, cada uma delas com uma preferência clubística definida. Ora o senhor que estava em representação simbólica do Benfica, cujo nome sinceramente desconheço, não perdeu tempo em esbanjar uma quantidade incomensurável de disparates que fariam corar de vergonha até o próprio João Gobern. Só para citar algumas das incríveis considerações, este senhor adiantou que o seu clube «tinha contratado um astro chamado Saviola» (que o digam em Barcelona e em Madrid), que «Jorge Jesus só não terá sucesso se as arbitragens não deixarem», que «o Benfica no ano passado foi prejudicado em quinze jogos nos quais ficaram por marcar dezasseis penaltys» e que, para terminar o rol de alarvidades, «os empréstimos que o Porto faz é somente para ter os clubes na mão».

Ora vamos só à citação final que é, para mim, a mais curiosa. Aos portistas, e a qualquer pessoa de bom senso, também indigna que ano após ano tenha de ser sustentado um batalhão de jogadores que estão emprestados a outros clubes, atletas esses a quem os dragões pagam mais de metade do ordenado. Vir falar, como esse senhor falou, na proposta avançada pelo Benfica na AG da Liga para limitar o número de empréstimos como forma de credibilizar o futebol é pura hipocrisia. Como é claro, o Benfica fez isso para atacar o Porto e levou uma valente "nega" em troca. Por uma razão simples, os clubes pequenos precisam de recorrer aos empréstimos para formar os seus planteis. Tudo porque não há dinheiro para que se possam reforçar, além de que ter nos seus quadros alguns atletas de qualidade a quem não têm de ser pagos ordenados é óptimo. Isto teria uma solução simples se os jogadores emprestados não pudessem por e simplesmente alinhar contra os clubes que os emprestam como antigamente.Ainda neste debate, o mais hilariante foi quando o pivot perguntou ao comentador que proferiu estas afirmações porque é que o Benfica e o Sporting não faziam o mesmo. A resposta foi tão simples como esta: «por uma questão de seriedade». Tretas meus amigos! Se não o fazem também é porque das duas uma: ou não convém (e eu também penso que não é bom para clube nenhum ter tanto emprestado) ou, no caso do SLB, Luís Filipe Vieira ainda anda demasiado preocupado com a sua caça às bruxas e a lutar contra moínhos de vento, mesmo depois da esmagadora maioria dos sócios lhe ter dado mais um voto de confiança, para pensar neste tipo de estratégias que só existem mesmo na cabeça de alguns.

Não deixa de ser também curioso que, por exemplo hoje, o Miguel Góis, dos Gato Fedorento, venha no Jornal Record falar na persistência do senhor Pinto da Costa em roubar jogadores ao Benfica. Pois bem, a ele provavelmente os nomes de Féher, Drulovic, Argel, Marco Ferreira, Moretto ou João Manuel Pinto não devem dizer nada, por isso fico-me por aqui. Que haja uma certa disputa por um ou outro jogador acredito e até acho normalíssimo, mas afirmar que um clube anda sempre atrás daquilo ou daqueles que o seu arquirival quer é um absurdo completo. O mercado não está para essas infantilidades, o dinheiro não abunda e o que há deve ser gasto de forma criteriosa na medida do possível. Prova disto é que Reyes podia a esta hora ser dragão e não é. Não é porque para a posição dele já lá estão Rodriguez e Mariano para suplente.

Outra das considerações muito em voga pelo senso comum prende-se com o dinheiro que o Porto faz em contratações que depois ninguém sabe onde é investido. Pois eu para ajudar a desmistificar isto, considero que as verbas que os dragões recebem com a venda de jogadores são despendidas em coisas tão indispensáveis como as que a seguir vou enumerar. Para já, é gasto na contratação de jogadores que substituam aqueles que foram vendidos e, como ninguém é perfeito e há épocas más para todos, alguns desses jogadores custaram balúrdios e renderam pouco. Basta lembrar que a seguir à vitória na Champions de 2004, o Porto vendeu em dois anos a maioria dos jogadores que tinham sido a base do sucesso além fronteiras. Ganhou muito dinheiro com isso, mas se pensarmos que Lucho e Diego custaram dez milhões cada um, Anderson custou oito e Lisandro seis, dá para ter uma ideia do investimento realizado e reparem que nem falei aqui do preço de Luís Fabiano, Pittbull ou Seitaridis, também eles caríssimos. Se a isto juntarmos o facto do Porto ser o clube com menos passivo dos três grandes e o único deste trio que não deve um tostão ao fisco, não precisando de empréstimos obrigacionistas para poder reforçar o seu plantel, então parece que o mistério das contas da SAD azul e branca não é assim tão difícil de desvendar.

Todos os anos o Porto transfere os seus principais activos, o que é penoso para qualquer adepto portista, mesmo sabendo que são vendidos por verbas altas que permitem garantir a saúde financeira do clube. Claro que os seus rivais não vendem os seus craques porque não querem, dizem eles, porque ninguém os quer, digo eu. Assim é fácil falar e se depois for possível juntar uma ou outra operação de marketing, com a contratação de um ou mais nomes sonantes, a coisa fica resolvida e os sócios ficam contentes, pelo menos até a bola começar a rolar oficialmente.

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Para sempre Lisandro

Quatro anos e muitos, muitos golos. Assim se define, de forma resumida, a passagem de Lisandro López pelo futebol português e pelo Porto em particular. O avançado está agora de partida para França, onde irá jogar no Lyon pela quantia de 24 milhões de euros líquidos.

Primeiro com o número onze, depois com o nove nas costas da camisola, Lisandro marcou uma era no futebol português e, acima de tudo, irá deixar saudades a todos os apreciadores de futebol. Mas reduzir Lisandro a euros ou golos marcados não faz o menor sentido. Licha era uma extensão no relvado dos adeptos apaixonados e vibrantes nas "curvas". As coisas até podiam não estar a correr bem a certa altura, porém, na bancada, todos sabiam que havia pelo menos um homem a dar o litro para que tudo mudasse, e quantas vezes isso não aconteceu. A raça, garra e capacidade de sacrifício que sempre o marcaram, aliadas a uma técnica e sentido de finalização únicas fazem de Lisandro um verdadeiro avançado do futebol moderno. Nada têm a temer os adeptos de Lyon, Benzema terá um sucessor à altura.

Enquanto isso, o FC Porto vê os seus cofres encherem-se uma vez mais. Se critiquei a saída de Lucho, fundamentalmente pelas verbas a meu ver baixas que envolveram a sua transferência, compreendo que a saída de Lisandro, embora sempre dura de engolir por aquilo que este representava, era inevitável. O avançado tinha apenas mais um ano de contrato e a oferta do Lyon foi muito boa. Por esta altura vejo muitos notáveis portistas e não só interrogarem-se sobre as constantes saídas dos craques do clube todos os anos. Sobre isso tenho uma opinião, mas vou guardá-la para o próximo post, em princípio.

Agora é mesmo a hora da despedida de mais um dos artistas da nossa liga e, se na final da taça, Lisandro López afirmou que seria portista para sempre, eu também me sinto no direito de dizer com todas as letras: Lisandro para sempre!






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Sucessão de Lucho: afinal é Belluschi- Parte II


Está aparentemente encontrado o sucessor de Lucho Gonzalez no FC Porto. Fernando Daniel Belluschi, argentino, ex Olympiakos, foi a escolha. Quando se falavam em nomes como os de Rafael Van der Vaart ou Daniel Carvalho, a escolha por um jogador do campeonato grego pode parecer algo decepcionante para o comum dos adeptos. Estou certo que Jesualdo Ferreira pedirá ao novo recruta não que se torne no novo Lucho Gonzalez, ao contrário daquilo que os sócios esperam, mas que seja igual a si próprio.


Entretanto permanece a incógnita sobre se o Porto irá contratar mais alguém para esta posição, sendo certo que a possibilidade de Diego Valeri, do Lanús, rumar ao Dragão não está posta de parte. Centrando mais as atenções deste post naquele que foi de facto contratado, Belluschi é um jogador reputado na Argentina. Brilhou no Newell's Old Boys de onde saiu para o River Plate onde teve também uma excelente prestação. A sua passagem pelo Olympiakos foi um pouco mais discreta, no entanto não deixou de fazer, globalmente, uma trajectória francamente positiva pelo melhor clube da Grécia.


Belluschi, tal como todo e qualquer jogador que chega a um plantel de um grande clube, precisa agora de tempo para encontrar o seu espaço nos dragões, para se ambientar ao país e à cidade, por vezes os adeptos esquecem-se destes pormenores. Quando penso, só para falar nos casos do FC Porto, que Rodriguez viu o seu carro ser apedrejado, que Hulk era apelidado de individualista e que Jesualdo viu lenços brancos, só para falar em factos recentes, temo que mais uma vez esta temporada muitas injustiças possam vir a ser feitas em relação aos novos jogadores, e não apenas no campeão nacional.


O negócio, que ficou pela quantia de cinco milhões de euros pagos ao Olympiakos por metade do passe do atleta, foi feito rapidamente e à boa maneira azul e branca. É verdade que o interesse era conhecido, mas não foram precisas muitas capas nos jornais com títulos bombásticos para que tudo ficasse resolvido. O Porto pagou o combinado, o jogador viajou para a invicta, deu uma entrevista ao site oficial do clube e apresentou-se para o primeiro dia de trabalho, tendo já feito um golo e uma assistência na habitual "peladinha".


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Breve: LFV

Nas eleições do Benfica votei Vieira (embora me tenha sentido tentado a votar em branco para lhe dar um cartão amarelo pelo desempenho medíocre a nível desportivo) e fiquei satisfeito com o resultado da votação ridícula do BC.

Foi a primeira vez na vida que votei nas eleições do meu clube e por isso foi, de facto, um momento muito especial. Mas gostava é de partilhar a minha impressão do que se seguiu.

Aproveitei ter ido votar e fiquei para a tomada de posse, onde pude comprovar o quanto a malta adora o LFV, é o verdadeiro homem do povo. Para o adepto comum do Benfica, um clube de base muito popular, LFV é um dos seus, o self made man que todos gostariam de ser. Confesso que de facto fiquei impressionado, porque no estádio, onde as pessoas são directamente condicionadas pelo jogo em questão, nem sempre se percebe isso.

E então agora com o discurso, repetido até à exaustão, do "o Benfica é só dos sócios, o Benfica não está à venda", é música para os ouvidos dos sócios.

P.S. Achei uma verdadeira palhaçada o facto de o LFV entrar no pavilhão e dar uma volta de consagração ANTES de os resultados serem oficialmente anunciados pela mesa da Assembleia-Geral

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Problemas no Blog

Caroa visitantes pedimos desde já desculpa pelo problema que nos apareceu no blog, será resolvido o mais rápido possível. Cumprimentos a todos.

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Dança de avançados

A procissão (leia-se o defeso) já vai no adro, mas a pré-época dos grandes clubes europeus ainda está muito longe de estar terminada no que a contratações e definições dos plantéis diz respeito - em particular, nas frentes de ataque.

As contratações milionárias do Real (a pronto pagamento...) salvaram completamente um mercado de transferências que de outra forma estaria muito contraído nestes tempos difíceis. Inundaram Manchester, Lyon e Milão de liquidez, e tal tem provocado grandes movimentações no mercado. O AC Milan atira a tudo o que mexe, mas só com pólvora seca até à data: Dzeko é a paixão principal, mas perante a inflexibilidade (e poder negocial, já que é um clube relativamente rico em virtude do suporte da Volkswagen) do campeão alemão Wolfsburgo em vender o bósnio, agora tentou atrair Luis Fabiano (14 milhões propostos ao Sevilha com uma nega redonda) e a Klaas-Jan Huntelaar. O holandês parece não caber em Madrid e espero que consiga um clube à altura do supergoleador que é, e de quem confesso ser particular fã. Etoo também poderá ser um alvo real.

O Man Utd também vai pelo mesmo caminho. Sem Ronaldo e Tevez, perdeu-se muito poder de fogo e um avançado pelo menos deve juntar-se a Michael Owen (welcome back à elite!) e ao extremo Valencia (grande aposta de Alex Ferguson, a seguir com muita atenção). Já se falou de tudo, desde Luis Fabiano a David Villa, passando por Benzema, este já perdido. Cash não é problema, e pelo menos algum craque terá que chegar.

O Lyon, talvez numa escala inferior porque não tem o prestígio dos outros, tenta Lisandro e/ou Ruud Van Nistelrooy, e não descansará enquanto um qualquer big fish não chegar para o lugar de Benzema.

Outros animadores do mercado deverão ser, nos próximos dias, o Man City, que entre Tevez e Etoo ou outro qualquer algum craque conseguirá caçar a troco de milhões de petrodólares, e o Barça - Etoo sairá por certo depois das trocas públicas de mimos com Laporta e Villa é o homem que se quer na Catalunha.

Tudo isto pode gerar um efeito cascata, com estes clubes a investirem forte e injectarem grandes somas em clubes de linha média alta, como Porto, Sevilha, Valência, etc.

Em resumo, temos um Verão, futebolisticamente falando e ao contrário do que se esperava, bem quente e que promete agitação até ao final da janela de transferências.

Algumas notas adicionais:

- o Real, para além da atracção que representa, para qualquer jogador, a possibilidade de entrar no superprojecto de Florentino, confirma, se dúvidas houvessem, que é o topo no futebol. É o clube em que qualquer jogador gostava de jogar, é mágico, o clube do século e tem uma aura inigualável. Viu-se bem na transferência do Benzema, na birra do Ribéry (que tenho que censurar do ponto de vista ético mas que, tenho que ser honesto, espero que resulte) e no Villa que bem gostava de ir para lá.

- Pegando no caso de Villa, também se provou que há grandes jogadores como Villa (talvez o melhor avançado do mundo na actualidade) mas depois há...os extraterrestres (Kaká, Cristiano, Messi, talvez também Gerrard, Xavi e Iniesta) por quem se paga o que for preciso. Digo isto porque Florentino pode ter gasto o que gastou nos dois primeiros sem pestanejar, mas quando chegou a Villa pensou duas vezes e fechou a torneira acima dos 40 milhões.

- O FCP continua muito activo a vender, e ouvi hoje que é desde 2000 o clube mundial que mais facturou com venda de jogadores, não tenho a certeza exacta do número certo mas é entre 270 e 300 milhões de euros acumulados - impressionante! Os resultados, exercício após exercício, da SAD azul e branca é que não mostram nada disso....


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Sempre Benfica!

O Benfica realmente é, e sempre será nosso!
Os resultados da votação que sirvam para afastar os abutres e oportunistas que se queriam servir do Benfica!

Viva o Benfica!

O tal indivíduo de carácter duvidoso teve direito a 190 euros de multa e 505 votos de humilhação.


Vieira… Agora com títulos ok?

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Sucessão de Lucho: de Madrid a Barcelona – Parte I

Falta ainda algum tempo para o arranque oficial da próxima época, porém Benfica e Sporting têm os planteis praticamente fechados, mais Falcão menos Falcão, mais Caicedo menos Caicedo. No Porto, pelo contrário, as coisas parecem estar ainda longe de ficarem estabilizadas. Lisandro está próximo de se tornar reforço do Lyon e Bruno Alves pode sair para Barcelona.

Para já, aquilo que promete aquecer o defeso português a partir de agora é mesmo a sucessão de Lucho González. Pastore tem sido um nome falado para reforçar os tetracampeões, mas ao que parece está a poucas horas de se tornar jogador do Palermo de Itáia. Daniel Carvalho é outra das hipóteses cogitadas pela imprensa, embora sinceramente me pareça daqueles jogadores que todos os anos são falados para jogar num dos grandes do nosso futebol e depois acabam por nunca vir, estilo Diego Tristan.

No meio de tanta especulação surge hoje na inprensa portugusa e espanhola, um nome que agradaria a qualquer adepto de qualquer equipa portuguesa. Estou a falar do médio do Real Madrid Rafael Van der Vaart. Van der Vaart foi contratado no ano passado ao Hamburgo, clube em que brilhou depois de ter representado o Ajax de onde só saiu devido a problemas com Ronald Koeman, seu então treinador. Desde que chegou a Madrid, o holandês ainda chegou a ser opção regular para Bernd Schuster só que com a entrada posterior de Juande Ramos acabou por não ter oportunidade para brilhar num Madrid que, diga-se de passagem, estava feito em frangalhos. O problema maior parece ser os altos ordenados que o atleta aufere, o que pode ser minimizado pelo dinheiro da transferência de Lucho e pelo facto do argentino ter sido o mais bem pago do plantel.

Outro nome que está em cima da mesa para suceder a El Comandante é o do bielorusso Aleksandr Hleb do Barcelona. Hleb tem sido, à semelhança de Van der Vaart, pouco utilizado no Barça e o clube catalão não enjeitaria a possibilidade de o vender. Este nome, segundo me garantiram, é desejado pela SAD azul e branca, mas as negociações serão difíceis, até porque Hleb tem interessados em Inglaterra, país onde brilhou ao serviço do Arsenal.

Como adepto de futebol, confesso que o nome de Van der Vaart é o que mais me agrada, sempre fui admirador das qualidades do holandês e vê-lo na nossa liga seria fantástico. Por outro lado admiro a frieza de Hleb, a sua constância exibicional e a sua preponderância na construção de jogo. Admito que este último é mais parecido com Lucho. Já Van der Vaart é mais intermitente, mas também mais empolgante e espectacular quando está inspirado.

A ver vamos quem virá, sendo certo que não será fácil a nenhum jogador substituir Lucho no FC Porto.

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Benfica é Nosso!

O que este tal de Bruno Merdas quer jamais lhe será concedido!
È consensual o desagrado e sentimentos como repugnância depois de hoje, acerca deste senhor!

Há duas soluções, ou ganha vergonha na cara e aceita que não é bem-vindo, ou então a maior manifestação de Benfiquistas terá lugar para impedir que chegue ao poder!

E esta última opção será humilhante para ele, e muito triste para o Benfica! Mas de uma coisa tenho a certeza, jamais chegará onde quer!
Porque o Benfica é dos Benfiquistas e não de oportunos que querem o poder a força!

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Hasta siempre Comandante


Tal como aqui escrevi, Lucho Gonzalez já não é jogador do Porto. O médio argentino assinou com o Olympique de Marseille um contrato de quatro temporadas e os dragões receberam dezoito milhões de euros líquidos.


O parágrafo de cima é o que menos importa. O que realmente continua a alimentar os clubes e o futebol é a paixão. Dói, dói muito ver sair um jogador com esta classe e profissionalismo. O Porto e o futebol português perdem aquele que foi sem dúvida um dos médios centros mais geniais que os relvados deste país viram. Lucho era uma mistura de Zidane e Deco. Tinha a geometria do primeiro e a magia do segundo, para além daquela maneira única de tocar na bola sempre de mansinho, como quem tinha pezinhos de lã. No Dragão chorar-se-á por ele, mesmo que o Porto continue a vencer e a jogar bem. Os adeptos daquele clube são gratos, não o esquecerão nunca. Como não esqueceram Ricardo Carvalho, Bosingwa, Quaresma, Pepe ou Jardel que quando voltou àquele estádio pelo Beira Mar teve uma ovação arrepiante.


Lucho Gonzalez é daquele tipo de personalidades de que é impossível não se gostar e respeitar. Inesquecível é também o seu último jogo com a camisola do River Plate em que saiu lavado em lágrimas, tal a forma como os “hinchas” do Monumental se despediram dele. Na sua carreira, até ao momento, viu o cartão vermelho por duas vezes. A primeira num jogo com o Leiria em que fez uma falta normalíssima, ainda fora do meio campo defensivo do Porto, e que fez o inefável Elmano Santos exibir-lhe a segunda cartolina amarela e em seguida a encarnada. A outra foi em Kiev porque ao marcar o golo que deu a vitória ao FCP despiu a camisola o que, por hipocrisia e estupidez dos senhores da FIFA, continua a valer acção disciplinar, mas até aí a expulsão se deu por acumulação de amarelos.


A saída em si foi um tanto inesperada pela pessoa que o argentino é, pelos valores envolvidos no negócio e pelo clube a que foi vendido. Quando em Março o FCP jogava em casa com o Manchester United para a Liga dos Campeões e Lucho se lesionou com gravidade, parando até final da época, tudo e todos pensaram que se trataria de um “pedimos desculpa pela interrupção, o Lucho segue dentro de momentos” ou de um “até já”, mas afinal era mesmo um “adeus”.


Hasta siempre Comandante.

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