Destaques do Mundial: Gokhan Inler

Na Suiça do mítico Ottmar Hitzfeld, um conjunto que prima pela qualidade colectiva, destaca-se aquele que pode vir a ser um dos melhores médio defensivos a jogar na Europa, apresento-vos Gokhan Inler.


Gokhan Inler nasceu em Olten, no Noroeste suiço, a 27 de Junho de 1984 (completará 26 anos na África do Sul), filho de imigrantes turcos. Inler é daqueles "trincos" muito possantes fisicamente, muito agressivo na marcação e no desarme, não tendo uma criatividade por aí além. Medindo 1,83m, é muito eficaz no jogo aéreo, fazendo também uso da sua boa capacidade de posicionamento e sentido colectivo. É uma ajuda importante à defesa, que apoia sempre que necessário, um verdadeiro "tampão" no meio-campo. Além destas boas capacidades de cariz mais defensivo, é eficiente no passe simples e tem uma boa meia distância, apesar de não marcar muitos golos.


Inler deu os primeiros passos no futebol precisamente no clube da sua terra natal, o Olten. Ainda nos escalões jovens mudou-se para o clube da principal cidade do Cantão onde nasceu, o Solothurn. Começando a demonstrar qualidades interessantes é "pescado" pelo Basileia, onde nunca se comseguiu impôr, sendo emprestado ao Schaffhausen. No Verão de 2004, faz testes no Fenerbahce e chega a assinar por 4 temporadas. Contudo, o então treinador Cristoph Daum prescinde dos seus serviços, alegando que o jovem médio não tinha qualidade suficiente. Fica a pergunta: "Em que Selecção jogaria hoje Inler, caso tivesse ficado na Turquia?". Regressa então à Suiça para jogar no Aarau, chegando finalmente à Swiss Super League. Assumindo-se como o patrão do meio-campo do Aarau, faz 3 golos em 25 jogos. Mantém a recta ascendente na sua carreira, transferindo-se logo na época seguinte para o FC Zurich.


A época 2006/2007 é marcante na sua carreira. Logo em Setembro de 2006, entreia-se na Selecção helvética frente à Venezuela, apesar do convite para representar a Turquia. Nesse ano é também um dos maiores obreiros do título de campeão nacional do clube de Zurique. Surge o interesse de alguns clubes "médios" das maiores ligas europeias, nomeadamente do Hertha de Berlin, mas Inler transfere-se para a Udinese, onde jogava já o seu compatriota Igor Djuric.


Desde da época 2007/2008 vai evoluindo na Serie A, sendo hoje em dia uma das referências do meio-campo da equipa de Udine e um dos melhores centrocampistas do Campeonato Italiano. Pelo meio, foi também uma das principais figuras da Suiça no Europeu de 2008, disputado exactamente no "país dos cantões". Curiosamente, a equipa da casa acabou por ser afastada da competição pela...Turquia.


Na última temporada surgiu o interesse de alguns dos maiores clubes europeus no internacional suíço, com Inter, Chelsea, Man City, Napoli e alguns clubes alemães à cabeça. Sendo assim, não será uma surpresa se Inler protagonizar uma transferência de números interessantes após o Mundial.
Na África do Sul, muito do sucesso da Suiça poderá depender do desempenho de Inler, o principal esteio do seu sector intermediário.

2 Passes de rotura:

Pedro Veloso 7 de junho de 2010 às 00:07  

Bom post João, ainda ontem Inler marcou um grande golo à Itália!

Recordo que o Mourinho chegou a pensar levá-lo para Milão na época passada. É claramente jogador para mais altos voos.

Por falar em Inler, acho que a luta Suiça vs Chile, pela 2ª vaga no seu grupo (Espanha passará em princípio em 1º), é das mais incertas à partida, vai ser um duelo interessante entre 2 excelentes técnicos: Hitzfeld e Bielsa.

Tomás Pipa 8 de junho de 2010 às 18:29  

Mt bom jogador este gajo! Ainda no fds marcou um golaço à Itália depois de fazer uma finta em grande estilo!

Veloso, tens toda a razão.É neste grupo que tenho mais dúvidas. O duelo entre Bielsa e Hitzfeld vai ser muito interessante!

Outro grupo onde aposto em todas as 4 selecções é o A. À partida apostaria no Uruguay...mas não posso deixar já de parte Á.Sul e Camarões. Como a França não joga nada, não vos consigo promter que a França passe o grupo.

Grupo da Holanda. Depois de ver os Camarões-Portugal, as minhas dúvidas aumentaram. Dinamarca ou Camarões também vai ser muito interessante.

No grupo da Alemanha também tenho uma dúvida. Será que a experiência dos EUA vai ser suficiente para ultrapassar Eslovénia?