Tudo em Aberto

O Sporting trouxe de Madrid um resultado que deixa tudo em aberto para a 2ª mão. Pode-se dizer que o 0-0 é um resultado mais positivo para o Sporting do que para o Atlético Madrid, mas eu não me esqueço do que aconteceu ao Sporting na Taça Uefa 2007/2008. Depois de empatar a 0-0 na primeira mão em Glasgow o Sporting perdeu por 2-0 em casa na 2ª mão diante o Rangers. Já o SuperDepor nas meias-finais da Liga dos Campeões 2003/2004 foi empatar 0-0 ao Dragão na 1ª mão e depois perdeu em casa 1-0 na 2ª mão. O Atlético de Madrid confirmou neste jogo aquilo que eu já tinha dito antes: é uma equipa com dois bons avançados e pouco mais. A defesa é uma anedota. Qualquer um dos quatro defesas vacila e muito quando é pressionado. Quem viu os jogos do Atlético de Madrid contra o FC Porto na Liga dos Campeões dirá certamente o mesmo. Quique também mostrou o porquê de eu ter saudades de o ver no banco de suplentes do Benfica.


Face à lesão de Yannick, Carlos Carvalhal supreendeu ao lançar Bruno Pereirinha como titular. Izmailov apareceu na esquerda em vez de ser na direita. Com a expulsão de Grimi, Carvalhal colocou Miguel Veloso a defesa esquerdo, Izmailov a fechar o meio campo e Liedson bem solto na frente a fazer o que podia. Já na 2ª parte, Carvalhal voltou a mexer na táctica: fez entrar Pedro Silva para defesa esquerdo e subiu Miguel Veloso para o meio-campo.

O resultado acabou por ser ligeiramente positivo para porque jogámos com apenas 10 jogadores desde os 30' por expulsão (exagerada) de Leandro Grimi. Se o 2º amarelo foi muito bem mostrado, o mesmo já não poderemos dizer do 1º, uma falta banal perto da área contrária e aos 8'. Portanto, Grimi levou um amarelo por cada falta que fez. Se isto fosse sempre assim, Javi Garcia levava 7 ou 8 amarelos por jogo.

Até aos 30 minutos, quando o jogo foi onze contra onze, o Sporting foi superior. Esteve muito perto do golo nos instantes iniciais da partida quando Izmailov rematou forte fora-da-área e quando Liedson fez um lindo chapéu após roubar a bola a António López que foi direito à barra da baliza de De Gea. Já era de prever que a defesa colchonera tremesse demais perante a "ratisse" de Liedson.

Após a expulsão de Grimi, o Atlético de Madrid assumiu o jogo, mas também não é mentira dizer que o Atlético nunca conseguiu sufocar o Sporting como poderia e deveria tê-lo feito. O Atlético passou praticamente o jogo todo a jogar "andebol" à entrada da área do Sporting e foram poucas as vezes que criou perigo. Dois remates (um em cada parte) quase sem ângulo de Aguëro e um cabeceamento de Ujfalusi já na segunda-parte foi o máximo que o Atlético de Madrid conseguiu fazer. Enquanto isso, o Sporting limitava-se a sair da sua área com a bola controlada até ao meio-campo para a entregar de novo ao Atlético de Madrid. Liedson batalhou como ninguém sozinho na frente de ataque do Sporting, chegando mesmo a ganhar algumas bolas aos defesas madrilenos e até conseguiu inventar um canto. Não poderia ter feito mais!
Incrível foi também o facto de Quique ter mantido em campo todo o jogo quatro defesas para apenas um avançado. O Atlético de Madrid perdeu uma oportunidade de ouro para pôr um pé nos 1/4 final. Não é todos os dias que se joga contra 10 jogadores durante uma hora e durante 30 minutos um deles até era Pedro Silva. Em Alvalade será certamente diferente, até porque Grimi não vai jogar.

Tonel foi expulso já perto do final do jogo (também) exageradamente por ter empurrado Aguëro. Foi um empurrão perfeitamente normal que Agüero aproveitou para fazer uma fita tipicamente sul-americana. Se alguém agrediu neste lance foi o jovem astro argentino que pisou Tonel. Enfim, Tonel expulso sem ter feito uma única falta durante o jogo.

No Atlético de Madrid, o melhor jogador foi Reyes. Reyes fartou-se de ganhar faltas e bailar na cara dos jogadores leoninos. Sacou vários amarelos, quatro pelo menos: dois a Grimi, um a Miguel Veloso e um a Bruno Pereirinha. Reyes tem belíssimos pés e por vezes chega a ser desconcertante, mas a verdade é que isto não é futebol de salão. Tem que ser muito mais objectivo.

A segunda mão é já na próxima quinta-feira e sinceramente, pelo que vi da 1ª mão e pelo que conheço do Atlético de Madrid e do Sporting acho que temos tudo para seguir em frente. No Domingo o Sporting recebe o Vit. Guimarães que tem vindo a crescer e pode dar um passo muito importante para conquistar o 4º lugar caso vença o jogo.

5 Passes de rotura:

Artur 14 de março de 2010 às 14:31  

Aqui vê-se o que vale o nome Sporting!! Ninguém comenta!!

LMC 14 de março de 2010 às 19:10  

Boa análise!
Realmente este Atlético é medíocre , não se percebe como é que um ataque com Reyes e Simão nas alas, e Forlan e Aguero no meio, não fazem mais durante uma hora frente a uma equipa com 10 jogadores.
Uma nota para os adeptos do Sporting, que encheram Madrid e pela televisão só se ouviam eles!

Tomás Pipa 14 de março de 2010 às 23:27  

Tens razão, esqueci-me completamente. Segundo consta foram 5 mil portugueses no Vicente Calderón!

Pedro Veloso 15 de março de 2010 às 02:52  

Yah também gostei de ver! Ao nível das grandes deslocações de adeptos de clubes portugueses. Fala-se que o contrato de Villas Boas (a existir) contemplará um prémio ligado ao aumento do número de espectadores em Alvalade, mas Carvalhal já está a conseguir isso!

Anónimo 30 de novembro de 2012 às 06:07  

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