Liga dos Campeões - 1ª Mão dos oitavos-de-final

Jogada noutros moldes, no que a datas de jogos diz respeito, este fase da melhor competição de clubes do Mundo começou no dia 16 deste mês com um dos meus três favoritos (Real Madrid) a entrar em acção.

O Lyon dos "portistas" Lisandro e Cissokho e de (permitam-me o destaque pois gostei bastante da sua exibição, bem ao estilo aguerrido argentino) César Delgado recebeu a turma de CR9 e K8 e, embora o resultado negativo não seja nada que Ronaldo não resolva sozinho e com tranquilidade, os franceses mostraram que esta eliminatória não será uma mera formalidade para os merengues.
1-0 foi o resultado do jogo, tendo sido a expressão dada ao marcador por um golaço do camaronês Makoun.

No outro jogo disputado no mesmo dia, em que David Beckham reencontrava o seu clube do coração, tudo começou com Ronaldinho, em bastante melhor forma esta época - à procura duma vaga nos 23 de Dunga na África do Sul -, a fazer crer que o Milan ia surpreender o Manchester United.
No entanto, Paul Scholes e a sorte (para mim também há ali culpas do guardião Dida), bem como a cabeça de Rooney por duas vezes, encarregaram-se de pôr água na fervura e marcar 3 golos fora, o que lhes dá uma grande vantagem na eliminatória.
Já perto do final do encontro, Seedorf, assistido com mestria (obviamente) por Ronaldinho, faz um golo espectacular de calcanhar. Sempre fui fã do holandês e ele, embora esteja já numa fase descendente da carreira, encarregou-se de dar certezas a quem ainda duvidava que "quem sabe nunca esquece".

No dia seguinte (17), entrava em cena o tetra campeão português, que recebia o Arsenal e procurava aproveitar a sua melhor forma para ganhar um avanço importante para defender em Londres.
Já aqui foi comentado o jogo e, por isso, não direi muito sobre ele. Para a história fica uma vitória merecida do Porto por 2-1, ainda que com golos conseguidos com alguma sorte por Silvestre Varela e Falcao. O "avô" Sol Campbell fez o golo dos londrinos.

Em Munique, o Bayern local recebia a surpreendente Fiorentina (que muito bem tem estado nesta edição da prova). O marcador só foi alterado no segundo tempo, com um penalty convertido por Arjen Robben (que grande exibição do holandês!) aos 48' que teve resposta quase imediata do dinamarquês Koldrup, que igualou aos 50'. Pode ser um golo muito importante no desfecho da eliminatória este!
Ao cair do pano, e de forma escandalosamente ilegal, Miroslav Klose, assistido por Olic, volta a pôr os bávaros em vantagem no jogo e na eliminatória.
Em relação a este jogo, queria destacar a boa exibição do jovem prodígio montenegrino Stevan Jovetic. Não foi uma exibição de aplaudir de pé, mas realmente nota-se que este jovem está a crescer como jogador. Quando ele toca na bola vê-se uma clara capacidade de fazer a diferença e um potencial fora do vulgar. A pouco e pouco, vai correspondendo às expectativas despertadas pelo seu talento inato.


Certamente que muitos amantes do desporto rei não gostaram, tal como eu, de ter que esperar até à semana seguinte para ter que assistir aos outros 4 jogos da mesma mão da mesma eliminatória.
Foi apenas no dia 23 que voltámos a ter "noite de Champions".
Um Barcelona meio apático foi a Estugarda arrancar um empate injusto - a excelente exibição em termos de concentração defensiva, anulação de todos os criativos da equipa catalã e esclarecida e pragmática saída para o contra-ataque através de transições bastante rápidas por parte dos alemães merecia 3 pontos, na minha humilde opinião.
Neste jogo destaco Cacau, Hleb e o poderoso avançado russo Pograbnyak e tinha dois pedidos a fazer: o primeiro é ao treinador dos alemães Christian Gross - gostava que nos mostrasse mais do sérvio Zdravko Kuzmanovic -, e o segundo é ao árbitro - era justo que marcassem penalty quando o Piqué toca com a mão na bola.

No mesmo dia e à mesma hora, o Bordéus confirmava o seu estatuto de favorito, ganhando por 1-0 ao Olympiacos, numa tradicionalmente difícil deslocação a um reduto grego. Michael Ciani foi o autor do único golo da partida, que certamente dará um conforto agradável aos franceses quando receberem os gregos.

Por fim, na 4ª feira, dia 24 de Fevereiro, foi o dia dos meus outros dois favoritos se defrontarem e de o Sevilla ir arrancar um importante empate a um golo em casa do CSKA Moskva.
Na Rússia, foi o internacional espanhol Negredo a pôr os andaluzes em vantagem aos 25'. A resposta viria apenas aos 66' minutos, através dum autêntico coelho tirada da cartola pelo pé do chileno Mark González, grande golo!
Acredito na passagem com alguma facilidade dos espanhóis, pois já estão em vantagem. Mas como estamos a lidar com futebol, nunca se sabe!

Em San Siro, José Mourinho tinha uma prova de fogo (mais uma vez defrontava uma equipa bastante mais forte ainda no início da fase "mata mata") e Carlo Ancelotti regressava ao estádio que também é a casa do clube do seu coração.
Começaram muito bem os pupilos de Il Speciale, ao adiantatem-se no marcador logo aos 3' com um golo (bem ao seu jeito) do grande avançado Diego Milito.
Como já nos tem vindo a habituar em jogos a eliminar, José Mourinho apresentou a sua equipa implacável no processo defensivo. Anulou quase todas as investidas do "seu" Chelsea, sendo apenas traído pelo marfinense Salomon Kalou aos 51'.
A desigualdade voltaria a ser desfeita passados 4 minutos (grande reacção dos milaneses!) por intermédio do experiente argentino Esteban Cambiasso. Um golo de insistência, em que o trinco apenas consegue concretizar o golo ao rematar um ressalto a um remate...seu.
Tudo em aberto para a segunda mão, embora o Chelsea leve de volta para Londres um golo marcado fora.
Destaque para a enorme exibição do experiente capitão do escrete Lúcio. Realmente as imbirrações de Louis van Gaal são ridículas. Gostava que ele me dissesse, quando ler o texto, porque "inventou" que o central brasileiro não servia para a sua equipa em Munique - obviamente não vai responder apenas porque tudo não passou duma mania/birra, bem ao jeito do que os treinadores holandeses nos habituaram ao longo dos tempos.

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