Serviços mínimos

Sem chama, sem brilho e com uma primeira parte deplorável, o FC Porto lá conseguiu alcançar a vitória frente a uma Académica muito bem organizada defensivamente.
Para os dragões não havia alternativa que não fosse a obtenção dos três pontos. O Braga, de Jorge Jesus, perdão de Domingos, (desculpem a confusão, mas tenho andado a ler os artigos do Fernando Guerra e do João Querido Manha, daí a gralha) tinha perdido os primeiros pontos frente ao Rio Ave e era também importante não dar hipóteses ao Benfica de aumentar a vantagem sobre os campeões nacionais. Nada disto pareceu preocupar os jogadores do Porto, pelo menos nos primeiros 45 minutos, onde assinaram uma das piores exibições desde o tempo em que Jesualdo Ferreira é treinador do FCP. A displicência foi gritante, o número de passes errados assustador e, se a memória não me atraiçoa, tudo isso culminou em apenas uma oportunidade de golo protagonizada por Bruno Alves.
Na segunda metade, a história foi ligeiramente diferente. O FC Porto entrou com outro espírito. O meio campo continuou a funcionar mal, mas pelo menos a coordenação entre Fernando e Raul Meireles foi melhor. Jesualdo substituiu Rodriguez e fez entrar Farías. Incompreensível, se a entrada do argentino não merece discussão a saída do uruguaio já é difícil de engolir, sobretudo quando Mariano, até aí, tinha feito um jogo demasiadamente discreto. É certo que Mariano Gonzalez acabou por ser o herói -improvável- do jogo, porém duvido que o treinador do Porto, cujas qualidades para mim são várias e inquestionáveis, tenha a capacidade de fazer futurologia.
De qualquer modo, foi mesmo o extremo argentino a fazer a bola entrar pela primeira vez e, como não há fome que não dê em fartura, ainda os adeptos do Porto festejavam o primeiro e já Farías apontava o segundo, após assistência do mal-amado Mariano Gonzalez.
O encontro parecia estar decidido, não fosse Miguel Pedro, num bom remate, reduzir para um golo a vantagem azul e branca. Algo que durou apenas seis minutos, altura em que Farías, novamente, marcava o terceiro tento dos tetracampeões, depois de jogada soberba de Fredy Guarin. Até final, Sougou ainda apontou o segundo golo para a Briosa, em tempo de compensação.
Com este triunfo justo, mas desprovido de segurança, os dragões voltam a vencer, após durante a semana terem também averbado uma importante vitória, frente ao APOEL, que praticamente garantiu o passaporte para os oitavos de final da champions.
PS: Peço desculpa por ultimamente não ter podido postar nem comentar. É que entre reportagens com candidatos a presidentes de juntas de freguesia e entrevistas ao líder parlamentar do PSD, não me sobrou tempo para muito. De qualquer modo não deixei de ir lendo os posts dos meus colegas e estou de volta, agora com mais tempo aparentemente.

6 Passes de rotura:

Duarte 26 de outubro de 2009 às 01:13  

Peço também desculpa pela formatação dos parágrafos.

A verdade é que de momento não tenho o meu computador e não consigo configurar as coisas como deve ser neste.

João 26 de outubro de 2009 às 01:35  

Bem vindo Duarte! As crónicas portistas estavam em falta:)Não vi o jogo completo mas o lance do bruno Alves foi penalty claríssimo e pareceu-me que o Farías estava fora de jogo no 3º golo. Mas isso também é assunto para a crónica do Pedro. Na impossibilidade de o Porto ter perdido pontos, gostei de ver o Farías bisar. É um grande jogador e para pena minha provavelmente nunca irá ter a oportunidade que merece. Saudações

Tomás Pipa 26 de outubro de 2009 às 01:56  

Bom, eu vi o jogo e até gostei.

Não concordo com o facto de dizeres que o FCP pouco jogou na 1ª parte. O FCP fez o que pode na 1ª parte, era dificil jogar melhor, a académica estava a obrigar o FC Porto a jogar longo, porque todo o 11 da Académica estava atrás da linha do meio campo.

A Académica depois de sofrer o primeiro, abriu mais o jogo e levou logo o 2º e 3º.

Destaque para (mais) uma não expulsão de Bruno Alves, desta vez uma entrada bárbara sobre Lito. Saltou mais alto, é um facto, mas o cotovelo na cara do Lito não era necessário.

Destaque também para Farías. É uma maravilha vê-lo a finalizar, tem um instinto incrível, e com estes golos já soma 30 de dragão ao peito. Média de 10 golos por época (já a contar com esta),isto em jogos onde normalmente faz 30 minutos.

A saída do Cebola também não compreendi. Vcs também não gostam mais de ver o Cebola a médio interior? Não percebo pq é o Mariano que joga no meio e não o Cristian. Por mim era Cristian no meio e Mariano na ala.

Anónimo 26 de outubro de 2009 às 22:19  

CARREGA BENFICA!! NEM GAMADOS PARAMOS DE GOLEAR!!

Paulo

Pedro Veloso 27 de outubro de 2009 às 00:10  

Bem isto entre porto, benfica e braga foi só casos, vou ter um post fértil para dissecar tudo. E ainda falta o Sporting. Mas no jogo jogado SLB continua fortíssimo.

Estás a trabalhar onde Duarte? Welcome back. Quanto ao Porto vou também elogiar Farias, adoro o killer instinct dele!

Duarte 27 de outubro de 2009 às 13:22  

Pedro, estou a trabalhar na faculdade e já não é nada pouco, pelo contrário:)

Quanto a lances polémicos, apenas vi o do alegado fora de jogo do Farías e só uma vez. O lance é rápido, até pode ser fora de jogo, mas por milímetros. Ao que parece o segundo golo da Académica é ilegal, por isso o vencedor final é justo.