Sir Bobby Robson


O falecimento de Sir Bobby Robson é, sem dúvida, uma perda para o futebol mundial e para todos os que adoram o desporto-rei. Senhor de um profissionalismo e elegância ímpares, soube construir uma carreira de sucesso em vários países, entre os quais o nosso. Em Portugal foi bicampeão pelo FCPorto mas foi dos poucos que deixou saudades nos adeptos dos três grandes, pelo futebol ofensivo e de grande qualidade que as suas equipas praticavam. "Attack, attack, attack", as palavras que regiam a sua cartilha. No nosso país conseguiu também o triste feito de ser despedido pela única vez na carreira, humilhação (e suicídio para o Sporting, que tinha um plantel de sonho e era líder do campeonato na altura) levada a cabo por Sousa Cintra que Sir Bobby nunca esqueceu. Como disse José Eduardo Bettencourt, uma daquelas precipitações à Sporting!




Recordo dois momentos deste grande treinador. Primeiro, um vídeo da sua mítica conferência de imprensa na Luz, depois do Porto perder 2-0 em 93/94 e Fernando Couto ser celebremente expulso por agredir Mozer. Um must do futebol português, em que se vê a fibra e o espírito de ataque de Robson, e o esforço que ele fazia para falar português, de enaltecer. Depois, recordo um excerto de uma entrevista dele à Bola há uns tempos, em que as suas palavras sobre o SLB - quando treinava o Sporting! - me maravilharam: "Eis o clube onde devia estar, o glorioso Benfica, aquele que sempre admirei"

Um verdadeiro class act, como dizem os ingleses. Que Deus o guarde, Sir Bobby.

P.S. E o que anda a jogar o Benfica? Ah pois é...


8 Passes de rotura:

Anónimo 2 de agosto de 2009 às 19:23  

Um grande homem sem dúvida, fará falta, era muito boa pessoa,um gentleman.

Como treinador era bom, mas atenção, o curriculo não é nada do outro mundo.

Mourinho,Capello,Lippi,Benitez,Ancelotti entre outros têm um C.V. desportivo muito superior.

um abra, Tomás

Anónimo 2 de agosto de 2009 às 19:25  

Deixem-me só que diga que foi o treinador do Barça 95/96/97, uma das melhores equipas que vi jogar, com Ronaldo, Luis Enrique, Figo, Kodro entre outros.

Quem não se lembra das arrancadas do fenómeno? É dos movimentos mais bonitos do futebol, mais bonito que esse só o Jardel a dar balanço com o pescoço tipo avestruz e a mandar umas marradas valentes.

Tomás

Duarte 5 de agosto de 2009 às 13:52  

Olá Pedro. De facto, Robson foi dos treinadores mais marcantes do futebol mundial. Um conhecedor profundo do jogo, é com muita pena e imensa dor que o vemos partir naturalmente. Era uma figura consensual até mesmo entre os grandes do futebol português.

A forma como saiu do Sporting foi inenarrável e naturalmente o Porto aproveitou, tendo vencido logo nesse ano uma Taça de Portugal aos leões. De resto é o que se sabe: bom futebol, golos e os dois primeiros títulos que fariam o penta do Porto.

RIP, Sir Bobby Robson

Anónimo 5 de agosto de 2009 às 18:44  

O Róbson foi para o FC Porto logo em 93/94?A meio da época? Já não me lembrava disso...mas também não me lembro qual era o treinador que eu achava que estava no FC Porto em 93/94

Tomás

Duarte 5 de agosto de 2009 às 20:27  

O treinador que começou a época 93/94 no Porto foi salvo erro o Carlos Alberto Silva que tinha sido campeãono ano anterior, mas acabou por sair a meio do campeonato por maus resultados, o seu sucessor foi o Robson.

Anónimo 5 de agosto de 2009 às 20:42  

Obrigado Duarte,
Já não me lembrava, só tinha 5 anos e foi a 1ª época que acompanhei o campeonato portugues.

PS: Quem se lembra do Heitor do Maritimo que marcava cantos directos?

Tomás

Pedro Veloso 5 de agosto de 2009 às 21:47  

Duarte não foi o Carlos Alberto Silva, esse foi bicampeão (91/92 e 92/93) mas saiu no final de 92/93, era o Tomislav Ivic que regressava ao FCP depois da primeira passagem. Começou a
época mas depois foi então despedido, já estava a alguns pontos de SCP e SLB. Aliás, um ano antes acontecera o mesmo no Benfica...início da época com Ivic, despedimento do croata e aí entrou o Toni.

Tomás não sei se te lembras disto: Sporting nessa época de 93/94 ia em primeiro até Dezembro, a mítica barreira do Natal. Robson é despedido depois da eliminatoria do Salzburgo e houve um jantar de despedida dos jogadores, a seguir ao jantar é que aconteceu a tragédia do Cherbakov na Av.Liberdade. No fim de semana seguinte derby na Luz com Figo a marcar o 1º de cabeça e a gritar Cherba nos festejos, depois Iuran e a bomba de Isaías (um pouco frango do Costinha) a virarem o jogo, é das minhas primeiras grandes recordações. Depois lá continuámos em 1º até resolver tudo no 6-3. Que saudades desses tempos!

Lol o Marítimo tinha umas boas equipas na altura, Paulo Autuori era o comandante

Duarte 5 de agosto de 2009 às 22:23  

Obrigado Pedro, eu estava na dúvida entre o C.A. Silva e o Ivic, pelos vistos foi mesmo o segundo.