Oxalá nos valha o Liedson

Agora não há volta a dar, é matar ou morrer. A selecção portuguesa não tem outra alternativa que não seja vencer os dois jogos que se avizinham face a Dinamarca e Hungria respectivamente. Os adversários em si até podem não ter uma expressão global no futebol, mas também não são opositores inexperientes, tendo ainda por cima a vantagem de jogar em casa.

Para tão importante jornada, há obviamente que destacar o facto de Carlos Queiroz ter apostado em Liedson, tendo-o incluído na convocatória, algo que tem levantado uma enorme polémica em torno da equipa das quinas. Tenho lido opiniões bastante válidas sobre o assunto, tanto daqueles que concordam como dos que consideram inadequada a chamada do avançado do Sporting. Cá por mim sou totalmente a favor da inclusão do levezinho como fui, de resto, da do Deco e do Pepe. O Liedson cumpriu todos os requisitos necessários para se tornar cidadão português e, olhando para a constituição, a única coisa de que fica impedido é de se tornar Presidente da República, coisa que não lhe deve interessar muito, suspeito eu. Assim sendo, não há nenhuma razão do ponto de vista legal e, principalmente, ético que impeça a sua presença na equipa que devia ser a de todos nós.

Como disse, percebo perfeitamente as razões que por exemplo Miguel Sousa Tavares invocou contra a chamada do agora jogador português, não posso é deixar de exprimir o meu desagrado em relação à opinião de parte do senso comum. Tenho lido comentários, que embora venham de pessoas seguramente mal formadas, me revoltam. Primeiro porque evidenciam um nacionalismo exacerbado e depois porque, alguns deles, chegam a roçar o racismo e a xenofobia. É justamente o excesso de patriotismo que me choca, sobretudo pelo facto de no nosso país ele só se manifestar em relação ao futebol. Tudo porque as mesmas pessoas que se dizem tão ofendidas com a chamada de jogadores naturalizados à sua selecção são também, na maior parte das vezes, aquelas que passam a vida a criticar destrutiva e obsessivamente o seu país, seja por questões sociais, culturais ou económicas. No entanto, quando o tema é futebol, já pensam que se deve preservar a dignidade da nação. Pessoalmente tenho um orgulho moderado em ser de onde sou, amo o meu país e não é seguramente a selecção nacional, até por uma questão de palmarés, que me leva a gostar mais ou menos dele.

Portanto, a única razão que poderia apontar para que Liedson não fosse chamado seria de cariz meramente desportivo. Porque a forma do atleta não é a melhor e porque o mesmo nunca jogou pela selecção, não estando portanto devidamente entrosado para disputar desafios desta relevância, além do facto do sistema táctico poder vir a ser mudado devido à sua eventual titularidade. Porém, isto só seria, a meu ver, válido se Portugal tivesse um fio de jogo, um treinador à altura das responsabilidades, um onze base. Só que não tem nada disto, infelizmente. Por isso, eu quero ver o levezinho lá à frente de qualquer forma, a ver se alguma bola "pinga", e rezo a todos os santos para que o Deco esteja inspirado e para que o Cristiano nos brinde com momentos de pura inspiração, como só ele sabe. Se tudo isto acontecer e, se não for pedir demasiado, tivermos uma pontinha de sorte, acredito que podemos manter as esperanças de nos qualificarmos para a África do Sul 2010.

Só para terminar este assunto, aconselho todos os nacionalistas de ocasião a mostrarem o seu descontentamento aos treinadores e dirigentes dos seus clubes por nenhum deles ter conseguido formar um ponta de lança da classe do 31 leonino. Assim já não descarregavam o seu "amor pela pátria" no Liedson.

Força Portugal e, como diriam os espanhóis, "a por ellos" (vamos a eles)!

PS: Já agora a minha equipa ideal para sábado e quarta: Beto; Bosingwa, Duda, Bruno Alves e Ricardo Carvalho; Miguel Veloso, Tiago, Nani e Deco; C. Ronaldo e Liedson.

11 Passes de rotura:

Numero Dez 5 de setembro de 2009 às 05:26  

Vai ser dificil a qualificação, sinceramente já não acredito, pois erramos em demasia. Liedson.... Não tenho nada contra a nacionalização do jogador do sporting, como não tive com Deco e Pepe, mas julgo que não podemos fazer destas situações hábitos, pelo simples facto de que estamos a "queimar" jogadores que querem vestir a camisola das quinas por puro patriotismo e não porque lhes negaram essa oportunidade no seu pais de origem. Liedson quando vestir a camisola desde que dê tudo pela selecção por mim têm o meu avalo, mas deviamos ser mais comedidos em futuras situações.

João 5 de setembro de 2009 às 13:55  

Antes demais quero dizer que estou muito céptico também quanto á nossa qualificação, mas quem tem os jogadores que temos, só não pode acreditar absolutamente nesse facto quando for matematicamnte impossível ou depender de inúmeras conjugações de resultados de terceiros!

Quanto ao Liedson, abordaste e muito bem um tema actual e controverso Duarte:) Confesso que ver Liedson chamado à selecção me causam sentimentos dúbios!Por um lado, é uma enorme mais valia (ou tem potencial para isso)e estamos literalmente "à rasca" para nos qualificarmos e a não qualificação para o Mundial será problemática para o futebol português pois muito do dinheiro que pinga para os clubes com maiores necessidades é da federação e o Mundial dá um enorme bolo ( o que pode conferir esta convocação de "interesse público!). De igual modo, considero o Liedson um grande profissional e uma pessoa com bons valores (pelo menos do que observamos ao longo destes anos) e tendo em conta que praticamente toda a carreira que teve passou-a no Sporting, já que começou a jogar tão tarde, depreendemos que não é "um mercenário puro e duro". Juntando a Constituição Portuguesa, tem todo o direito de hoje jogar como "um de nós". Contudo, como o nº 10 referiu, receio que com a chamada de Liedson se possa abrir ,ou melhor, consolidar este movimento de convocação de atletas naturalizados que leve a um abuso no futuro. E essa ideia pode ser exacerbada por muitos pois tenho a impressão de que quem pensa no assunto lhe parece que à primeira vista que Deco e Pepe são casos "diferentes" porque deenvolveram-se e cresceram no futebol Português.Quanto aos outros dois brasileiros naturalizados à décadas, ninguém se lembra deles. Ao olhar para Liedson vê-se um jogador "trintão" cuja convocação soa a necessidade,oportunidade e uma "merceanice". Por isso não estranho a contestação de muitos nacionalistas e de jogadores Dinarmaqueses p ex. mas quem conhece o percurso do liedson pode muito bem compreender que tem valor pessoal e profissional para ser chamado, assim como se assemelha em alguns aspectos ao pepe e ao deco pois aqui efectivamente se desenvolveu (apesar de atingir previamente reconhcimento no brasileirão). Por outro lado Carlos Queiroz já iniciou a renovação das selecções mais jovens com vista a melhor suprir as necessidades da selecção A no futuro. Tal facto leva tempo. Ponderando estes argumentos, não me oponho à convocação do Liedson, que muito admiro. Até a vejo com grande alívio, porque uma parte da minha consciência quer é ver a selecção na Africa do Sul (que péssimo país para um mundial!)nem que seja com mães de Deus ou golos irregulares. Dinamarca, Suécia ou Hungria em x de Portugal, com o eleito melhor jogador do mundo e jgadores desta qualidade?Que desperdício para o futebol mundial ( se depois lá jogarmos alguma coisa já é outro assunto).

João 5 de setembro de 2009 às 13:55  

(cont.)
E é verdade que estes jogadores têm todo o direito a ser convocados o que pode ser moralmente reforçado pelas nossas raízes culturais, muito mais pertinentes que os casos de argelinos e outros africanos por frança, Eduardo pela croácia, etc. Se há quem não possa ser criticado neste aspecto pelo resto do mundo, são os portugueses e brasileiros. Mas também é verdade que já tiveram possibilidade de representar o país de origem enquanto quem é português de gema (aqui parece haver a sub-categoria de quem nasce fora e está cá desde a infância)só tem uma. E os Portugueses e o país tem o direito e o dever de manter a identidade nacional, o que recuso terminantemente que seja xenofobia.Não queremos de futuro uma selecção de futebol como a de futsal de itália (é o brasil B) ou de sub 21 alemã (só africanos, hispanicos, turcos, se bem que muitos tenham nascido ou crescido de infancia lá).

Portanto acho bem convocar Liedson, estando a "arrumar a casa" para no futuro não termos de recorrer ao mesmo abusivamente, acreditando nas competências do seleccionador. O pior é que com este precedente, quem nos garante que os próximos seleccionadores e presidentes da FPF (ou os actuais) não se lembrem de recorrer futuramente a esta solução "mais facilmente"? Especialmente quando lhes interessar salvar a pele...

João 5 de setembro de 2009 às 14:04  

* mãos de deus

Pedro Veloso 5 de setembro de 2009 às 17:08  

Este é um assunto delicado, por tudo o que o envolve. Acho que expuseste muito bem a tua opinião Duarte, embora eu seja da opinião contrária, e sobretudo uma frase que usas é lapidar "É justamente o excesso de patriotismo que me choca, sobretudo pelo facto de no nosso país ele só se manifestar em relação ao futebol". O futebol é tão-só um jogo e ser patriota não é agitar bandeirinhas em jogos da selecção. É muito mais importante, por exemplo, votar de forma informada e interessarmo-nos pelos problemas da Nação, coisa que muitos acham uma chatice. Eu gosto e torço pela selecção como qualquer português, mas gosto e sofro infinitamente mais pelo Benfica. Pode parecer irracional, mas o amor por um clube é tudo menos racional. Mas mesmo racionalmente, o meu clube já fez bastante mais pelo país do que a selecção, como o Porto o fez (o Sporting menos).

Portanto, o que penso sobre isto não tem nada a ver com ser excessivamente patriótico - que é uma coisa boa e não tem nada ver com ser racista!! - ou coisa do género. Mas, ainda assim, acho que uma selecção deve ser minimamente...nacional. Sou totalmente contra a chamada do Liedson. Não tem nada a ver com os seus direitos ou deveres enquanto cidadão nacional, que são os mesmos que os meus, mas o Liedson chegou a Portugal com 25 ou 26 anos, não se formou aqui e só joga por nós porque o Brasil nunca o chamou. Tão simples como isso. Não tem nada a ver com Pepe (menos com Deco, que obviamente já disse que em breve quer voltar para o seu...Brasil e para o Corinthians), que se formou completamente como futebolista em Portugal e sempre disse que queria jogar por nós mesmo que o Brasil o chamasse. Como não tem nada a ver, como às vezes querem fazer crer, com Bosingwa ou Nélson Évora. Ou até Zlatan, que tem família sueca. O passado destes tem alguma coisa a ver com o passado do Liedson nos respectivos países? Não. Quem joga por uma selecção tem que ter o mínimo de afinidade com a cultura e história do país. Cito agora o João "E os Portugueses e o país tem o direito e o dever de manter a identidade nacional, o que recuso terminantemente que seja xenofobia. Não queremos de futuro uma selecção de futebol como a de futsal de itália (é o Brasil B) ou de sub 21 alemã (só africanos, hispânicos, turcos, se bem que muitos tenham nascido ou crescido de infancia lá)."

Não mudo uma vírgula, o futebol que amo não é um futebol em que a Alemanha tem esta equipa. Ou um futebol em que o Eduardo joga pela Croácia (onde foi para jogar, não tem nada a ver com a história dele). Qualquer dia temos um Brasil a jogar directo e uma Alemanha futebol tecnicista. Passe o exagero, é isso que está em jogo.

Por outro lado, como é que se pode querer, como o Queiroz e com toda a propriedade, remodelar novamente "o edifício do futebol português", que de facto o Scolari estragou porque nunca ligou minimamente às camadas jovens e depois à primeira se chama um brasileiro só porque "estamos à rasca para ir ao Mundial"? Que é que pensam os jovens que querem jogar por Portugal? Isto vi o JVP perguntar na cara ao seleccionador na RTPN há uns tempos, e tem toda a razão. Queiroz tem muitos méritos e por isso mesmo tem que ser coerente com eles! A selecção é mais importante do que meras circunstâncias, não vale tudo na minha opinião.

Posto isto, a partir do momento em que lá está, que tudo lhe corra bem, como aos outros. Liedson é um grande jogador e profissional, e hoje até vai marcar.

Pedro Veloso 5 de setembro de 2009 às 17:08  

Este é um assunto delicado, por tudo o que o envolve. Acho que expuseste muito bem a tua opinião Duarte, embora eu seja da opinião contrária, e sobretudo uma frase que usas é lapidar "É justamente o excesso de patriotismo que me choca, sobretudo pelo facto de no nosso país ele só se manifestar em relação ao futebol". O futebol é tão-só um jogo e ser patriota não é agitar bandeirinhas em jogos da selecção. É muito mais importante, por exemplo, votar de forma informada e interessarmo-nos pelos problemas da Nação, coisa que muitos acham uma chatice. Eu gosto e torço pela selecção como qualquer português, mas gosto e sofro infinitamente mais pelo Benfica. Pode parecer irracional, mas o amor por um clube é tudo menos racional. Mas mesmo racionalmente, o meu clube já fez bastante mais pelo país do que a selecção, como o Porto o fez (o Sporting menos).

Portanto, o que penso sobre isto não tem nada a ver com ser excessivamente patriótico - que é uma coisa boa e não tem nada ver com ser racista!! - ou coisa do género. Mas, ainda assim, acho que uma selecção deve ser minimamente...nacional. Sou totalmente contra a chamada do Liedson. Não tem nada a ver com os seus direitos ou deveres enquanto cidadão nacional, que são os mesmos que os meus, mas o Liedson chegou a Portugal com 25 ou 26 anos, não se formou aqui e só joga por nós porque o Brasil nunca o chamou. Tão simples como isso. Não tem nada a ver com Pepe (menos com Deco, que obviamente já disse que em breve quer voltar para o seu...Brasil e para o Corinthians), que se formou completamente como futebolista em Portugal e sempre disse que queria jogar por nós mesmo que o Brasil o chamasse. Como não tem nada a ver, como às vezes querem fazer crer, com Bosingwa ou Nélson Évora. Ou até Zlatan, que tem família sueca. O passado destes tem alguma coisa a ver com o passado do Liedson nos respectivos países? Não. Quem joga por uma selecção tem que ter o mínimo de afinidade com a cultura e história do país. Cito agora o João "E os Portugueses e o país tem o direito e o dever de manter a identidade nacional, o que recuso terminantemente que seja xenofobia. Não queremos de futuro uma selecção de futebol como a de futsal de itália (é o Brasil B) ou de sub 21 alemã (só africanos, hispânicos, turcos, se bem que muitos tenham nascido ou crescido de infancia lá)."

Não mudo uma vírgula, o futebol que amo não é um futebol em que a Alemanha tem esta equipa. Ou um futebol em que o Eduardo joga pela Croácia (onde foi para jogar, não tem nada a ver com a história dele). Qualquer dia temos um Brasil a jogar directo e uma Alemanha futebol tecnicista. Passe o exagero, é isso que está em jogo.

Por outro lado, como é que se pode querer, como o Queiroz e com toda a propriedade, remodelar novamente "o edifício do futebol português", que de facto o Scolari estragou porque nunca ligou minimamente às camadas jovens e depois à primeira se chama um brasileiro só porque "estamos à rasca para ir ao Mundial"? Que é que pensam os jovens que querem jogar por Portugal? Isto vi o JVP perguntar na cara ao seleccionador na RTPN há uns tempos, e tem toda a razão. Queiroz tem muitos méritos e por isso mesmo tem que ser coerente com eles! A selecção é mais importante do que meras circunstâncias, não vale tudo na minha opinião.

Posto isto, a partir do momento em que lá está, que tudo lhe corra bem, como aos outros. Liedson é um grande jogador e profissional, e hoje até vai marcar.

Anónimo 5 de setembro de 2009 às 18:02  

ESPERO QUE GANHEM E QUE OS PRÉMIOS SEJAM ELEVADOS PARA CADA UM, NAO É SR MADAIL?

ALGUNS ANDAM A GOZAR COM QUEM TRABALHA E NAO SABEM O VALOR DA CAMISOLA QUE ENVERGAM. QUANDO É QUE ALGUÉM ACABA COM ESTA FANTOCHADA?

Anónimo 5 de setembro de 2009 às 18:04  

oxalá que Liedson seja um fracasso. é a prova de que mais vale apostar em jovens portugueses do que em jogadores de outra nacionalidade.

margaridabenfiquista 5 de setembro de 2009 às 18:20  

nada tenho contra liedson, ou qualquer outro jogador brasileiro, mas sendo a nossa selecção de Portugal, temos em vários clubes muito bons jogadores portugueses que possam ocupar o lugar, basta procurar não é dificil...
não concordo com a chamada de Liedson tal como não concordei com a de Deco e pepe, por este andar qualquer dia não temos portugueses na nossa seleção, então não faz sentido ser chamada de selecção de Portugal, e não me digam que o Liedson é portugues porque só se naturalizou porque o selecionador do seu País de origem nunca o chamou
cada um tem a sua opinião e eu respeito, mas não mudo a minha maneira de pensar.
..

Duarte 6 de setembro de 2009 às 03:44  

Pedro, claro que eu também sofro mais pelo meu clube do que pela selecção. Como referiste, os clubes portugueses têm dado bastante mais alegrias ao país do que propriamente a selecção nacional, disso não há dúvida.

Quanto ao resto, respeito a tua posição embora não concorde de todo. Volto a realçar que o grande problema tem sido ao nível da formação, que nos últimos anos não tem dado os frutos de outrora. A posição de ponta de lança é um caso premente, mas igualmente preocupante é o facto de não haver um único lateral esquerdo em condições desde o Nuno Valente.

Anónimo, em relação às declarações do Madaíl concordo contigo e só me resta apelidá-las de inoportunas para não chamar pior. Mas também nesse caso o Deco já deu a resposta à altura e, como grande profissional que é, soube ser firme sem ser deselegante.

Margarida respeito a tua opinião. No entanto não posso concordar quando dizes que há jogadores nascidos em Portugal melhores do que o Liedson. Provavelmente atrás dele estará o Hugo Almeida que, mesmo assim, ainda se encontra alguns degraus abaixo do levezinho. No futuro, de repente, só vejo o Orlando Sá e o Rabiola com capacidade para se tornarem soluções credíveis, mas mesmo esses são ainda uma incógnita.

João, o teu comentário está sem dúvida pertinente, levanta pontos interesantes, embora não concorde com algumas coisas. A ironia de tudo isto é que o nosso país teve, em minha opinião, a partir de 2004 até agora, aquela que constituiu provavelmente a melhor geração de futebolistas portugueses de sempre. Basta citar nomes como Bruno Alves, Bosingwa, Pepe, Maniche, Carvalho, Tiago, João Moutinho, Deco, Simão, Nani, C. Ronaldo e pensar que nos damos ao luxo de dispensar os serviços de um atleta como Quaresma, cujo clube é tão só o Inter de Milão, para constatar que o naipe ao serviço da nossa equipa faz inveja à esmagadora maioria das selecções. Reparem que nem sequer falei em nomes como Figo, Vitor Baía, João Pinto, Sérgio Conceição, Paulo Ferreira, N.Valente, Costinha, Rui Costa ou Pauleta, que por diferentes razões já não dão o seu contributo.

O que me custa é pensar que o talento de todos estes nomes foi desperdiçado porque foram feitas más escolhas para seleccionadores. Se tivessemos um treinador à altura da valia destes nomes, então nao tenho a mínima dúvida de que a esta hora seriamos líderes isolados do grupo e o Euro 2004 seria um passeio com uma previsível vitória. Porém tudo isto é tema para um outro post que tenciono escrever mais tarde ou mais cedo.

PS: Margarida, já agora, bem vinda ao Sector Ofensivo. Conto ter-te por cá mais vezes a comentar os nossos posts:).

João 6 de setembro de 2009 às 12:22  

Concordo Duarte, sem dúvida a melhor geração de futebolistas Portugueses de sempre. Pelo menos em quantidade, o que é um factor importantíssimo! E que saudade ao ver aí o nome do Pauleta! Sempre o achei um grande jogador, com uma grande veia goleadora e golos espectaculares em Espanha e França (principalmente na última). Compreendi quem o criticava sempre por nos fases finais raramente marcar (preferia muitas x ver o N.Gomes a titular pela distribuição de jogo), mas quando muitos suspiraram de alívio por se retirar da selecção temi e lembro-me (como certamente muitos outros) de dizer que "pelo menos marcava aos rascas (i.e. nas qualificações)" , o que era um das principais críticas de que era alvo mas uma segurança enorme na minha opinião! Era fácil pensar na sua dispensa com esta geração de ouro que nos dotou de extremos e médios de classe mundial, mas se fossem pouco eficazes (ao fim e ao cabo não são pontas de lança) e com um Nuno Gomes envelhecido e sem alternativas, um quadro destes podia-se adivinhar. Aliás, sempre gostámos muito de pegar na calculadora:( Saudações!