E o campeonato começou...


Não é equivoco..o titulo está correcto!
Apenas para aqueles que andam distraídos é que não se desse facto. Ainda a bola não rola no campeonato 2010/2011 e já o F.C.P está largamente em vantagem.

O gesto de charme feito por Pinto da Costa foi sublime..convidar Jorge Jesus para assistir na bancada presidencial quando este iria ver o jogo na bancada central do Jamor foi um golpe em surdina perfeito.

Pinto da Costa nunca o escondeu, Jorge Jesus nunca o negou. O técnico em tempos fora uma opção para treinar o F.C.P no entanto tal "casamento" não se veio a verificar, no entanto a relação de amabilidade reciproca nunca saiu afectada.

Agora do ponto de vista estratégico, pensemos..como reagiria se visse Jesualdo Ferreira (ex-técnico do Porto) a ver um jogo do seu directo rival com o presidente deste? Acha que a nivel interno tal facto seria bem recebido dentro do F.C.P? A resposta é óbvia!

Acha que Luis Filipe Vieira encarou bem este facto? Como é lógico não! Que é que poderia fazer? Nada...foi obrigado a engolir!

Mais nítido foi a discordância e a total falta de comunicação entre treinador e presidente.

Quanto questionado se Quim ia sair, Jorge Jesus foi claro, confirmou esse facto, no dia seguinte a mesma pergunta agora a Luis Filipe Vieira, e a resposta? Completamente diferente! Das duas uma, ou o treinador decide e o presidente em nada tem a ver com o plantel ( o que não excluo pois penso ser o correcto, no entanto, o presidente não deve procurar os holofotes falando do que não sabe), ou o director de futebol não informou o seu presidente, ou pura e simplesmente não há contacto entre treinador e presidente...

De estranhar o facto de Luis Filipe Vieira ser inocente ao ponto de "cair" na pergunta...vou corrigir, não é inocente, mas sim distraído, afinal, o seu treinador tinha dado uma entrevista em que publicamente tinha afirmado aquela questão, por fim, permitam-me nova correcção, não é distraído, mas sim...desinteressado naquilo que o seu treinador tem ou não para dizer.

Terá a jogada de mestre do Presidente do F.C.P despoletado estas situações?


Quanto ao novo treinador do Porto? É claro e evidente que o Porto já o escolheu e que este já trabalha ao serviço do Porto...no entanto, porque não o divulgar? Inverto agora o raciocínio, qual a vantagem de o divulgar? Neste momento não se fala em dispensas do plantel do Porto, não se fala em compras, vendas, o plantel está completamente protegido, fora dos media, fora de especulações! No Reino do Dragão monta-se uma equipa vencedora, e meus caros amigos, o segredo sempre foi a alma do negocio. Finalmente se nota uma atitude à Porto.

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Os Vikings de Olsen



Longe de ser um peso-pesado do futebol mundial, ou sequer do europeu, a verdade é que a simpática Dinamarca tem, desde os anos 80, melhorado a sua performance enquanto selecção nacional - desastrosa até aí, sem nenhuma presença em Mundiais - e construído grupos razoavelmente fortes, nomeadamente a geração de ouro que em 1992 ganhou o Europeu da Suécia (Schmeichel, o génio Michael Laudrup, seu irmão Brian, Kim Vilfort, Jens Jensen, Povlsen...) e em 1995 a 1ª edição da Taça das Confederações.

No que toca a classificações no maior certame futebolístico internacional, em 1986 e 2002 conseguiu chegar aos 1/8 de final e em 1998, na sua melhor prestação, perder apenas nos 1/4 para o depois finalista vencido Brasil, por 3-2. Como se vê, está longe de ser uma história rica, mas também quando se qualificam não envergonham o país e passam a fase de grupos. Este ano, num grupo com Holanda, Camarões e Japão, há boas possibilidades de isso acontecer, embora eu pessoalmente - mais ainda depois de ler a crónica abaixo do meu colega Tomás Pipa - creia que Etoo & Cia. têm mais futebol e que por isso deverão garantir a 2ª vaga atrás da Holanda.


Um ponto importante a favor dos nórdicos é a estabilidade. O lendário e super-popular Morten Olsen lidera a selecção desde 2000 e a sua liderança é incontestável. Olsen deve o seu estatuto, diga-se, muito mais à carreira que construiu como jogador do que como treinador. Considerado o melhor jogador dinamarquês de sempre, marcou uma era como líbero ou médio defensivo nos anos 70 e sobretudo nos eighties, com 102 internacionalizações, 50 das quais como capitão. A nível de clubes jogou no obscuro B 1901 na Dinamarca antes de ir para o futebol belga: Brugge, Molenbeek e sobretudo o então fortíssimo Anderlecht (estava na equipa que em 1983 derrotou em duas mãos o SL Benfica na final da Taça UEFA) beneficiaram do seu talento, classe e capacidade de liderança. Como Petit e Maniche, não quis pendurar as botas antes de fazer uma perninha no Colónia, com a diferença de que esta era na altura uma equipa muito mais poderosa do que é hoje (fez 2º e 3º na Bundesliga nas duas épocas que lá esteve).

Mas o que conta é o presente e Morten Olsen anunciou ontem os 23 eleitos para a África do Sul. Na baliza, sem surpresa temos o veterano Thomas Sorensen - guarda-redes que sempre apreciei pela boa carreira na Premier League e que permitiu uma sucessão de qualidade depois do abandono do monstro Schmeichel -, secundado por dois guardiões de equipas locais, Stephen Andersen (Brondby) e Jesper Christiansen (Copenhagen). Outro guarda-redes a jogar no futebol nórdico, Kim Christensen (Goteborg), conseguiu entrar na lista de 26 pré-convocados mas foi, como esperado, descartado na última triagem.

Na defesa, provavelmente o sector mais forte desta selecção (apenas 5 golos sofridos em 10 jogos no grupo 1 de qualificação, onde estava também Portugal), Lars Jacobsen, jogador com experiência internacional sólida (Hamburgo, Nuremberga, Everton, hoje no Blackburn Rovers), embora nem sempre com grande utilização, deve ocupar a lateral direita, com o polivalente William Kvist (Copenhaga), que até é de raiz um médio, à espreita de um lugar ao sol. A defesa esquerdo, Simon Poulsen, campeão holandês pelo AZ Alkmaar em 2009, será o escolhido, a não ser que a boa época de Patrick Mtiliga no Málaga chegue para ser titular.

No centro da defesa, a dúvida instala-se. Daniel Agger, do Liverpool, um central com um pé esquerdo notável (que o diga o Benfica), é o mais cotado e jogará naturalmente. Ao seu lado, perfila-se Simon Kjaer, que no Palermo assinou uma época de grande qualidade. 35 jogos na Serie A (2 golos), pátria de centrais experientes e normalmente veteranos, é fantástico para um jovem estrangeiro de apenas 21 anos. Construiu uma excelente dupla com Cesare Bovo, pela qual passou, em parte, o excelente 5º lugar da equipa de Miccoli no campeonato. Há também, no entanto, outro bom central a alinhar no futebol italiano. Per Kroldrup (Fiorentina) alinhou em 25 jogos este ano - também com 2 golos - mais 5 na Champions, o que, aliado aos seus 30 anos, lhe confere grande experiência. Não sei até que ponto, por forma a ter uma defesa fortíssima, Olsen não pensará em desviar Agger para a lateral esquerda, que conhece bem, formando então Kjaer e Kroldrup a dupla de centrais.


No meio-campo - e recordo que a Dinamarca joga há anos em 4-4-2 clássico - a dupla de pivots no centro deverá ser ocupada pelo indiscutível Christian Poulsen (fez os 10 jogos da qualificação e 25 partidas na Serie A apesar de uma época globalmente fraquinha), 30 anos, jogador com traquejo internacional ao serviço de Schalke, Sevilha e Juventus, tendo ao seu lado, expectavelmente, Daniel Jensen. No entanto, a época pobre deste médio do Werder Bremen, não muito utilizado na Bundesliga e competições europeias, pode levar a que haja outra opção. Jakob Poulsen (Aarhus) jogou tanto (6 desafios) como Jensen na qualificação e aparenta ser uma alternativa viável.

Há também outras soluções. Desde logo, Thomas Kahlenberg, 27 anos, outrora uma grande esperança do futebol local. Trata-se de um médio de características mais ofensivas que os referidos acima e que, depois de 4 épocas bastante positivas no Auxerre, se transferiu esta época por €4 M para o Wolfsburgo, onde no entanto, dada a concorrência do bósnio Misimovic e uma arreliadora lesão, pouco tem podido jogar. A nível de selecção, foi nos sub-21 eleito para a equipa ideal do Euro-2006 e jogou, na selecção sénior, o Euro-2004 em Portugal. Depois de uma longa ausência, voltou para a selecção durante a qualificação para o Mundial 2010, fazendo 3 jogos e um golo fundamental, o da vitória fora sobre a Suécia há cerca de um ano. Outro Thomas, Enevoldsen (Groningen), é um miúdo de 22 anos que, como tantos dinamarqueses ao longo da história, foi jogar para a Holanda este ano e teve uma época razoável, marcando 6 golos em 19 partidas na Eredivisie. E por falar em ir jogar para a Holanda, apresento-vos aquele que é actualmente considerado a maior esperança do futebol dinamarquês: Christian Eriksen, 18 anos feitos em Fevereiro, assinou por € 1 M no início deste ano pelo Ajax de Martin Jol, o qual, tal como Van Basten, já o comparou aos dois últimos grandes nº 10 a sair da cantera do clube de Amesterdão: Sneijder e Van der Vaart. Eriksen jogou pouco mas já renovou até 2014. A sua convocatória deve ser um pouco como Ronaldo no Brasil de Parreira em 1994, ganhar experiência nas grandes competições mas sem jogar ainda.


Relativamente a uma posição com grande tradição no futebol deste país, a de extremo, apresentam-se como sempre várias opções. Dennis Rommedahl, apesar de ouvirmos falar dele desde os anos 90, "ainda" só tem 31 anos e voltou a assinar uma boa época, contribuindo com 8 golos para a maior máquina atacante que a Europa conheceu este ano, o Ajax - que curiosamente nem conseguiu ser campeão, perdendo para o Twente de Steve McLaren. Jogará à direita certamente. Do lado esquerdo, uma luta entre 2 veteranos: Jesper Gronkjaer (Copenhaga) e Martin Jorgensen (Fiorentina). Ambos excelentes jogadores mas a caminho da reforma, aposto no segundo, pois foi mais utilizado na qualificação e por ainda jogar com alguma regularidade na Fiorentina (fez 18 jogos entre liga e Champions). Uma quarta opção, algo surpreendente, foi a chamada de Mikkel Beckmann, 26 anos, cuja boa época na liga doméstica ao serviço do Randers lhe garantiu o passaporte para o Mundial. Ganhou a corrida a Silberbauer (Utrecht) e Michael Krohn-Dehli (Brondby), que estavam também nos pré-convocados.

Na frente de ataque, três galos para dois poleiros. A referência principal é hoje Niklas Bendtner, o gigante do Arsenal que continua sem convencer os críticos - entre os quais o autor deste artigo - da sua qualidade. Ou melhor, qualidade ele tem alguma, mas não para um dos big-four de Inglaterra; podia compensar o facto de ser trapalhão (nem é propriamente tosco) se marcasse muitos golos, mas esta época voltou a fazer apenas 11 tentos na Premier e LC. Reconheço que melhorou muito, contudo, na influência na equipa, e tem um remate de pé direito muito forte. Ao seu lado deve alinhar Jon-Dahl Tomasson. O homem que um dia esteve a um passo da Luz construiu uma carreira de sucesso em clubes como Feyenoord (Taça Uefa ao lado de Van Hooijdonk), Milan, Estugarda ou Villareal, e voltou a Roterdão em 2008 para assinar duas épocas regulares no principal clube da cidade, tendo agora sido mais uma vez chamado a emprestar a sua classe à selecção. Finalmente, há ainda Soren Larsen, avançado de bons recursos, com 11 golos em 17 jogos pela selecção. Depois de boas épocas no Schalke entre 2005 e 2008, foi para o Toulouse onde quase não jogou e este ano foi emprestado ao Duisburgo da Alemanha.

Em suma, Morten Olsen parece apresentar, à partida, uma selecção equilibrada, com vários jogadores para cada posição, sendo que a veterania de algumas das maiores referências poderá ser um óbice; da minha parte, espero o futebol agradável habitual, resta saber se com poder ofensivo suficiente para incomodar as selecções mais fortes.

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Destaques do Mundial: Javier Pastore

Depois de Kempes, Maradona, Ortega, Riquelme e Aimar, surge já no horizonte do futebol argentino, aquele que promete ser o herdeiro natural da posição de 10 da albiceleste, Javier Pastore.

Javier Matías Pastore, El Flaco, nasceu a 20 de Junho de 1989 (fará 21 anos durante o Mundial) na cidade de Córdoba, no interior argentino. Pastore é um 10 clássico. Tem a criatividade, visão de jogo e capacidade de passe de Riquelme, a técnica e a inteligência de movimentos de Aimar, o rasgo e a frieza na finalização de Ortega. É também excelente na ocupação dos espaços, o que o torna útil na manobra defensiva, apesar de ter pouca capacidade de choque, a sua maior debilidade juntamente com o seu fraco jogo aéreo. É um jogador que não precisa de ter a bola para fazer a diferença, apesar de ser fortíssimo na circulação de bola, pois faz muitas vezes uso das sua excelente movimentação para abrir espaços para os seus companheiros. Tem também uma meia distância perigosíssima e sabe descair nas alas e cruzar com precisão. Falta-lhe a consistência que adquirá com o acumular dos anos.


Pastore começou a sua ainda curta carreira ao serviço do seu clube de coração, o Talleres, após ter sido sugerido pelo seu professor de educação física e treinador de basket. Na sua época de estreia, fez apenas 5 jogos na segunda divisão argentina. Foi então emprestado ao Huracán, onde foi peça fundamental (juntamente com Bolatti e De Federico) na excelente e surpreendente época do clube, que perdeu o título na última jornada para o Vélez. Pastore foi o melhor marcador da equipa, com 7 golos. Para a história, fica uma magnífica exibição, coroada com 2 golos, na vitória por 4-0 frente ao River Plate. A Europa era já ali.


Ainda com o Clausura em curso, surge o interesse dos grandes tubarões europeus na aquisição do passe do jovem génio. Foi apontado como sucessor de Lucho no FC Porto, teve o Chelsea e o Milan à perna e recusou o Man Utd, alegando que queria rumar a um clube que lhe permitisse jogar com a regularidade necessária ao seu desenvolvimento. Aos 19 anos, demonstrava já uma maturidade fora do comum. Acabou então por rumar ao Palermo, na altura sob o comando de Walter Zenga.


O início em Itália não foi fácil, pois Zenga raramente concedeu a titularidade ao jovem astro. Com a chegada de Delio Rossi, conquistou a titularidade e tornou-se, juntamente com Miccoli e Cavani, numa das grandes figuras da fantástica caminhada dos sicilianos. Não conseguiu demonstrar na Europa a veia goleadora (marcou 3 golos) que exibiu no seu país natal, mas a dupla de avançados do Palermo deve muito aos seus passes e aberturas de grande nível. Com mais confiança, os golos aparecerão.


Ao serviço da Selecção Argentina participou apenas num amigável com a Catalunha (marcou um golo), no qual convenceu de imediato Maradona a convocá-lo para o Mundial. Já na preparação desta competição, participou na vitória por 5-0 frente ao Canadá. Na África do Sul, Mascherano e Verón têm lugar vago no meio-campo argentino, mas a idade de La Brujita pode abrir espaço para que Pastore brilhe ao mais alto nível, junto de Messi e companhia. É um jogador que deve ser seguido com muita atenção, pois se lhe forem dadas oportunidades poderá tornar-se na revelação deste Mundial.

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Os Leões Indomáveis

Faz este Verão 20 anos que uma selecção africana espantou o Mundo ao passar pela primeira vez a fase de grupos dum Campeonato do Mundo. Em 1990 os Camarões só foram batidos por 3-2 (após prolongamento) pela Inglaterra nos ¼ Final. Desde então, uma equipa africana tem chegado sempre pelo menos aos 1/8 Final. Em 1994 e 1998 foi a vez da Nigéria chegar aos 1/8 Final, em 2002 o Senegal igualou o feito dos Camarões ao também chegar aos ¼ Final e em 2006 foi a vez do Gana se estrear no mata-mata. Este ano o Mundial é em África, terão as equipas africanas mais hipóteses de chegar mais longe?

Os Camarões só conseguiram carimbar o passaporte na última jornada da fase de qualificação da zona africana, após luta intensa com o Gabão num grupo muito complicado onde também estavam o Togo e Marrocos.

Os Camarões são a selecção africana com melhor historial em Campeonatos do Mundo. Tem 5 presenças em fases finais (mais que Portugal) sendo que numa delas chegou aos ¼ Final, tal como o Senegal. Penso que será a selecção africana com mais probabilidades de chegar longe neste Mundial, pois tem um bom treinador e está inserida num grupo que permite sonhar.

Uma das maiores forças desta selecção está no seleccionador, o tri-campeão francês Paul Le Guen. Le Guen assumiu o comando dos Leões Indomáveis em Julho de 2009, assinando um contrato de 5 meses que seria automaticamente renovado caso conseguisse a qualificação para o Mundial, e assim foi. As primeiras medidas de Le Guen enquanto seleccionador foram: recuperar o lendário Rigobert Song para a selecção e entregar a braçadeira de capitão a Eto’o. No currículo como treinador, Le Guen apresenta 3 Campeonatos franceses e 3 Supertaças francesas pelo Lyon e uma Taça da Liga pelo Paris SG.

Apenas um jogador dos Camarões figura na história do Campeonato do Mundial. Roger Milla foi o jogador mais velho a disputar uma fase final de um Mundial com 42 anos e 39 dias em 1994 nos EUA. Nesse mesmo Mundial, Milla bateu também o seu próprio record de ser o mais velho a marcar um golo. Milla marcou o golo de honra dos Camarões na pesada derrota por 6-1 contra a Rússia. Curiosamente, também nesse jogo, Salenko da Rússia, também bateu o Record de mais golos marcados num só jogo, 5. Roger Milla também ficou celebrizado pela forma como celebrizava os seus golos.

Le Guen chamou 30 jogadores para estágio sendo que até ao final do mês, 7 jogadores serão dispensados.Para a baliza, há 4 guarda-redes para 3 vagas. Kameni (Espanyol) será o guarda-redes titular. Kameni é provavelmente o melhor guarda-redes do continente africano e curisamente já marcou um golo pela selecção. Apesar de ser considerado, a par do egipcío El Hadary, o melhor guarda-redes africano, Kameni também sabe dar frangos (e de que maneira!). É um guarda-redes com muito instinto e bons reflexos, o que me faz lembrar o saudita Al Deayea. Hamidou (Kayserispor), colega do nosso conhecido Makukula, será aos 37 anos o principal suplente de Kameni. Assembe do Valenciennes deverá ser o 3º guarda-redes. Tignyemb (Bloemfontein Celtic) também tem esperanças de ser convocado e tem a seu favor o facto de ser um dos melhores guarda-redes a actuar no campeonato da África do Sul.

Na defesa, os dois centrais titulares já estão escolhidos. N’koulou (Mónaco) é uma das maiores promessas da actualidade com apenas 20 anos e será certamente muito falado após este campeonato. A acompanhar N’Koulou estará o veteraníssimo Rigobert Song (Trabzonspor) que aos 33 anos fará o seu 4º Mundial (1994,1998 e 2002). Bassong (Tottenham) será a 3ª escolha para central, mas não está de parte colocada a sua utilização como lateral-direito ou médio-defensivo. Boukar (Al Nahda) e o jovem alemão Matip (Schalke 04) lutam entre si por uma vaga. Na lateral-esquerda, dois jogadores deverão estar só à espera da confirmação de Le Guen: Ekotto (Tottenham) e Bong (Valenciennes). Para a direita, apesar de não haver nenhum jogador de raiz, há várias soluções: ou Bassong joga como lateral-direito ou faz mesmo de 3º central, ou joga Geremi a defesa-direito. No caso de Le Guen apostar em três centrais, Enoh e Geremi são candidatos a fazerem a ala direita. Bikey (Wigan) fica de fora por lesão. Por opção ficam de fora os laterais-esquerdos Womé (Colónia) e Atouba (Ajax)

No meio-campo camaronês há alguma qualidade. O trinco Alex Song (Arsenal), sobrinho de Rigobert Song, é uma das estrelas desta selecção e será titularíssimo. Makoun (Lyon) deverá jogar à frente de Song juntamente com Mbia (Marselha). Geremi (Ankaragücü) deverá ser usado como defesa direito, mas também pode jogar no meio-campo, tanto no centro como na direita. Enoh (Ajax) é um extremo direito promissor e também não deve ver o seu lugar ameaçado nos 23. N’Guemo (Celtic) é um médio-defensivo. Obviamente que não tem qualidade para lutar com Song pelo lugar, mas caso Song se lesione, N’Guemo será a primeira alternativa. Emana (Bétis) é um dos jogadores mais habilidosos desta selecção, pode jogar nas alas em 4-3-3 ou como nº10 num 4-4-2 losango, é certamente um dos jogadores com mais qualidade desta equipa. Chedjou (Lille) que será um jogador livre no fim do Campeonato do Mundo tentará fazer um grande Campeonato do Mundo para arranjar um bom contrato. No entanto, não deverá sair da sombra de Makoun e Mbia. Mandjeck (Kaiserlautern), Ndzana (Astres), Ndjeng (Augsburg) e Mevoungu (Canon Yaoundé) são os jogadores que estão com o seu lugar mais em dúvida nos 23. Le Guen deixou de fora muitos jogadores conhecidos: Djemba-Djemba (Odense), Epalle (Bochum), Binya (Neuchatel Xamax), M’Bami (Almería), Kome (Tenerife), Essame (Terek) e Frank Songo’o (Real Sociedad).

Para o ataque, os Camarões contam com a sua estrela Samuel Eto’o (Inter). Eto’o é Tetra-Campeão europeu de clubes, Bi-Campeão e melhor marcador da história do CAN e Medalha de Ouro nos Jogos Olímpicos de Sydney em 2000. Webó (Mallorca) é o segundo jogador mais sonante deste ataque, mas está longe de ter a qualidade de Eto’o. Idrissou (Friburgo) aos 30 anos deverá ser a terceira escolha para ponta-de-lança e o último avançado a ter o seu lugar garantido. Abubakar (Cotonsport) de 18 anos, Kouemaha (Club Brugge), Zoua (Basel) e Moting (Nuremberga) lutam pela 4ª e 5ª vaga (se houver). De fora ficaram nomes como os de Meyong (Braga) e o do experiente Desiré Job (Lierse).

Os Camarões estão no grupo E. Se apresentarem um bom futebol, não deverão ter dificuldades para superar a Dinamarca e o Japão. A minha aposta é que passa os grupos à frente da Dinamarca e atrás da Holanda e caia nos 1/8 Final perante a Itália.


Os prováveis 23: Kameni, Hamidou e Assembe; Geremi; Bassong, Song, N’Koulou, Matip; Ekotto e Bong; Makoun, Alex Song, Mbia, Mevoungu, Chedjou, N’Guemo, Mandjeck, Emana, Enoh; Eto’o, Webó, Idrissou e Zoua.

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Golo da Semana

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Arquivo Offensivo

27 de Maio de 1987, estádio Ernst Happel, Viena. FC Porto e Bayern Munique defrontavam-se na final da Taça dos Campeões Europeus. Os portuenses chegavam com o rótulo de outsiders e com a imagem de apenas irem marcar o ponto e consagrar a festa do adversário perante um dos grandes colossos do futebol continental. Tricampeão europeu em 3 anos seguidos (1974-1976), o Bayern ultrapassou o campeão holandês (PSV), austríaco (Áustria de Viena), belga (Anderlech) e espanhol (Real Madrid dos míticos Hugo Sanchez e Jorge Valdano; 4-4 nas duas mãos), este último considerado por muitos como a melhor equipa europeia da altura. Já os portugueses venceram o campeão maltês (Rabat Ajax, 10-0 (!) nas duas mãos), checo (FC Vitkovice), dinamarquês (Brondby) e ucraniano (Dinamo Kiev).

Apesar do percurso mais competitivo dos alemães, da sua maior experiência em jogos europeus e do estádio a transbordar de adeptos germânicos, Pinto da Costa havia avisado que o Porto iria para lutar pela vitória e a equipa cumpriu!

O Porto entrou em campo com o polaco Mlynarczyk, João Pinto, Eduardo Luís, Inácio,Celso Jaime Magalhães, André, Sousa, Quim, Futre e o argelino Madjer.
Os alemães contavam com grandes jogadores como o belga Jean-Marie Plaff, Andreas Brehme e Lothar Matthäus e os perigosos Dieter Hoeness e Ludwig Kögl.

A primeira parte mostrou um Porto fraco e tímido que foi castigado aos 24’ com um golo de cabeça de Kögl após lançamento de linha lateral e consequente distracção da defesa azul.

Contudo, e segundo reza a lenda, o discurso de Artur Jorge no balneário ao intervalo galvanizou de tal modo a equipa que esta surgiu transfigurada e tomou as rédeas do jogo. O brasileiro Juary – o mítico abono de família do dragão, já que frequentemente entrava na segunda parte para resolver os jogos - , entrado logo no reínicio da partida pelo médio Quim, adicionou mais caudal ofensivo ao FC Porto e viria a constituir-se pedra histórica na vitória dos dragões.


Antes da igualdade, o lateral esquerdo Inácio saíu pelo médio Frasco aos 66’ e Paulo Futre fez uma jogada sublime com muitas parecenças com a clássica jogada de El Pibe em 1986 (para muitos o melhor golo de sempre), mas lamentavelmente atirou ao lado. Contudo, o mote estava dado!


Aos 77’ o canarinho recebeu a bola de André e perante a carga de um defesa alemão e a saída do guardião belga Jean-Marie Plaff, assistiu Madjer in extremis que fez uso do seu famoso calcanhar para anular a desvantagem.


O Porto reforçou a confiança e dois minutos depois calou a Europa: Madjer ganha espaço para o cruzamento com mais uma grande finta e retribui a grande assistência de Juary centrando para o brasileiro, desmarcado, encostar!


Até ao fim do jogo Paulo Futre e Juary ainda disposeram de duas hipóteses de alargar o marcador.


Após o jogo, Pinto da Costa, na presença de Artur Jorge e o capitão João Manuel Pinto, apelou à ida dos adeptos às Antas para a consagração do primeiro título Europeu do Porto, 3 anos após ter perdido a final das Taças das Taças para a Juventus e 25 anos após o Benfica o ter ganho pela 2ª vez na sua história.





P.S: O Settore estreia hoje uma nova categoria na sua barra lateral - "Futebol:um modo de vida". Aí serão partilhados frequentemente vídeos alusivos à filosofia inerente ao desporto rei ou a momentos da actualidade.

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Os Aztecas

A quinze dias do início do Campeonato do Mundo, a selecção Azteca apresenta-se como a habitual equipa a ter em conta. Nunca foi uma candidata ao título, nem uma possível outsider. No entanto, sempre foi uma equipa capaz de complicar as contas aos favoritos e fazer uma ou outra gracinha.

O México é uma das selecções que mais vezes participou na fase final de um Mundial, nada mais nada menos que 13 (esta será a 14ª) participações em fases finais (para se ter uma noção, Portugal tem 4). Mais participações que o México só a Itália, Brasil, Alemanha e a Argentina. O estranho é que com tanta participação em Campeonatos do Mundo, o México apenas alcançou os ¼ Final por duas vezes (1970 e 1986) e os 1/8 Final por quatro vezes (1994,1998,2002 e 2006). Ou seja, sempre que jogou o Mundial em casa o México chegou aos ¼ Final e a última vez que não passou a fase de grupos foi há 20 anos. São registos que o Uruguai e África do Sul devem ter em conta.

O México sempre foi a selecção mais forte da zona CONCACAF (América Central e do Norte) e costuma ser uma das primeiras selecções a carimbar o passaporte para os Mundiais. Contudo, este ano foi diferente. O México teve um arranque muito tímido, perdendo contra os seus maiores rivais, os EUA, por 2-1 em Washington, por 3-1 contra as Honduras (também presente neste Mundial) e 2-1 contra El Salvador (!). Os fracos resultados iniciais custaram o cargo do seleccionador da altura, Sven Goran Eriksson e foi aí que Javier Aguirre voltou ao cargo de seleccionador. Aguirre pegou na selecção e desde aí não mais perdeu, carimbando o passaporte para África já nas últimas jornadas da fase de qualificação.


Javier Aguirre é um técnico a ter em conta neste Mundial. É o treinador mais popular do México e é conhecido como El Vasco (O Basco), por ter sido jogador e treinador do Osasuna. Treinou a selecção mexicana entre 2001 e 2002, tendo sido o responsável por esta no Mundial de 2002, onde chegou aos 1/8 Final perdendo na altura contra os seus eternos rivais, os EUA de Brian McBride, Donovan e Beasley. Depois da sua boa campanha como seleccionador do México, Aguirre voltou a Pamplona (já lá tinha jogado como avançado), para assumir o comando do Osasuna, onde fez um trabalho memorável. Aguirre consolidou o Osasuna no escalão maior do futebol espanhol (até então era um sobe-e-desce) e conseguiu um honroso 4º lugar (que deu acesso a uma histórica pré-eliminatória para a Liga dos Campeões) em 2005/2006. Em 2006 assinou pelo maior cemitério de treinadores e jogadores do campeonato espanhol, o Atlético de Madrid. Em Madrid ganhou uma Taça Intertoto em 2007 e foi despedido em 2009. Além da Taça Intertoto ganha em 2007, Aguirre conta com mais dois títulos no seu currículo, um campeonato mexicano em 1999 pelo Pachuca e uma Gold Cup em 2009 com a selecção do México.

Os jogadores mexicanos mais conhecidos que passaram nos Mundiais além de Marquez e Blanco que vão estar presentes na África do Sul, são sem dúvida alguma o guarda-redes Jorge Campos, o guarda-redes anão que também jogava a avançado quando era preciso e que se vestia sempre de fluorescente e os temíveis avançados Hugo Sánchez, Jared Borgetti, Luis Hernández e Omar Bravo. Veremos quem conseguirá neste grupo de jogadores!

Aguirre tem neste momento 26 jogadores em estágio, sendo que muitos deles foram campeões do Mundo sub-17 em 2005.

Na portería, as três vagas já estão decididas. Ochoa (América) será o titular. Ochoa é um excelente guarda-redes de 24 anos que já merecia estar na Europa.

O experiente Óscar El Conejo Pérez (Jaguares) será um dos suplentes. Pérez é um típico guarda-redes mexicano, muito baixo, com apenas 1,72m (!) (a fazer lembrar Jorge Campos). Foi suplente no Mundial de 98 e titular no de 2002. Será aos 37 anos, a sua 3ª presença numa fase final de um Mundial. O 3º guarda-redes será Míchel (Chivas).

Na defesa, destaque para os três centrais holandeses: Salcido (ou Salcita) e Francisco Rodríguez (ou Maza) do PSV e o campeão do mundo sub-17 em 2005, Héctor Moreno (Az Alkmaar). Marquez (Barcelona) é aos 31 anos o jogador mais conhecido desta equipa e o mais experiente, por isso será o capitão de equipa e deve mesmo jogar no meio-campo, para que Aguirre actue com todos os seus jogadores mais experientes. Osório (Estugarda), campeão alemão em 2007, é o lateral-direito titular, mas a sua titularidade tem sido muito contestada, uma vez que o povo mexicano prefere ver Magallón (Chivas) no seu lugar. Será uma dor de cabeça para Aguirre. O jovem lateral-esquerdo Jorge Torres (Atlas), o El Pechu, os laterais-direitos Israel Castro (Pumas) e Paul Aguilar (Pachuca) lutarão por um lugar entre os 23. De fora dos 26, ficou a jovem promessa Patrício Araújo (Chivas), o patrão da defesa Campeã do Mundo sub-17 em 2005.

No meio-campo, a qualidade não abunda como na defesa, mas mesmo assim há alguns nomes a ter em conta. Começando por Guardado (Deportivo) que é um extremo-esquerda à antiga, um verdeiro desiquilibrador que joga muito colado à linha. É uma das estrelas desta equipa. O trinco Torrado (Cruz Azul), que esteve à experiência no Benfica em 1999, já não é o jogador que era. No entanto, há que dizer que Torrado é um especialista em bolas paradas (no estilo do Barroso ex-Braga). Jonathan dos Santos (Barcelona), é um jovem médio-ofensivo que também pode cair nas alas. A sua imprevisibilidade pode servir de abre-latas contra algumas defesas mais fechadas. Medina (Chivas), é um trinco que prometeu muito quando era mais novo, mas o Chivas nunca quis negociá-lo para um clube europeu e Medina nunca chegou a mostrar o seu verdadeiro potencial. El Topo Valenzuela (América) é mais um trinco desta equipa. O seu lugar nos 23 não está totalmente seguro, terá cerca de uma semana para convencer Aguirre a levá-lo. O também Campeão do Mundo sub-17 em 2005, Efraín Juárez é outro jogador em dúvida. Juárez é um jovem polivalente, faz toda a lateral-direita. Tem muita concorrência para o seu lugar, na defesa tem Osório, Magallón, Israel Castro e Aguilar. A extremo-direito tem também concorrência forte: Israel Castro, e os irmãos Jonathan e Giovani dos Santos. Aldrete (Morelia), também ele um Campeão do Mundo, fará concorrência a Guardado na ala-esquerda. Aldrete pode também actuar como defesa esquerdo se for necessário.

No ataque, há muito potencial. Desde logo, há que falar nos grandes obreiros da conquista do Mundial sub-17 em 2005. Giovani dos Santos (Galatasaray) e Carlos Vela (Arsenal). Giovani é um irrequieto canhoto e uma das maiores promessas do país. Giovani jogou bastantes vezes na equipa principal do Barça e até marcou alguns golos. Será um nome a ter em conta neste Mundial apesar do seu crescimento como jogador tenha estagnado um pouco nestes últimos anos. Carlos Vela (Arsenal), é um avançado que faz todas as posições do ataque, na minha opinião é a par de Marquez e Guardado, o melhor jogador deste México. É um jogador muito veloz e com grande potencial. Blanco (Veracruz) é aos 37 anos uma lenda do futebol mexicano. Quem não se lembra da finta inovadora, a Cuauhtemiña, no Mundial 98? Blanco joga como segundo avançado, e a maior dúvida que se coloca é se terá andamento para acompanhar dos Santos e Vela no ataque Azteca. Outro nome que os adeptos do futebol querem ver neste mundial é Javier El Chicarito Hernandéz (Chivas) que recentemente foi contratado pelo Man Utd. Hernandez é um 9,5 que marca muitos golos, mas que terá com certeza dificuldades para ganhar a titularidade nesta equipa. Guille Franco (West Ham), é um ponta-de-lança puro. Franco nasceu na Argentina, mas naturalizou-se mexicano em 2005. Celebrizou-se por marcar golos em grande quantidade no Monterrey até se transferir para o Villarreal. Desde aí que é raro vê-lo festejar um golo. Bofo Bautista (Chivas) e Barrera (Puma) devem lutar pela última vaga no ataque.

O México está inserido no Grupo A juntamente com a finalista-vencida do último Mundial, a França, com a selecção anfitriã da África do Sul e com o Uruguai. À primeira vista, diríamos que o grupo seria dominado pela França e que México e Uruguai lutariam pelo 2º lugar, mas presumo que as contas não serão bem assim.Há que lembrar que a França, tal como a Argentina, tem um louco no comando, Domenech. Portanto, não sabemos que França aparecerá na África do Sul, uma equipa realmente forte como em 2006, ou o flop que foi em 2008? A selecção da África do Sul é outra incógnita. Pelo que vi da última Taça das Confederações, a selecção da África do Sul não joga nada, mas é a selecção da casa, e isso tem sempre peso, tantas nas arbitragens como no apoio dos adeptos. O Uruguai é outra incógnita, tal como a maioria das equipas hispânicas da América do Sul, o Uruguai é uma equipa selvagem que se tiver um pouco de disciplina e auto-controlo, poderá fazer um bom Mundial. Creio que desta vez o México ficará pela fase de grupos.

Os prováveis 23: Ochoa, Michel e Pérez; Osório e Magallón, Marquez, Moreno, Salcido e Rodríguez, Jorge Torres; Torrado e Medina, Guardado e Aldrete, Jonathan dos Santos, Juárez e Israel Castro; Giovani dos Santos, Vela, Bautista, Javi Hernández, Franco e Blanco.

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Quarta-Feira, 19:45, 26 de Maio (Não soa familiar?)



Exactamente a esta hora, a apenas 6 anos atrás, Portugal parava, esta nação parou! O Porto entrava em campo com aqueles que viriam a ser o orgulho de Portugal.

Mónaco-FC Porto, 0-3

FICHA DO JOGO

UEFA Champions League (final)

Estádio Arena Auf Schalke, em Gelsenkirchen (26 de Maio de 2004)

Árbitro: Kim Milton Nielsen (Dinamarca)
Assistentes: Jens Larsen e Jorgen Jepsen
4º árbitro: Erik Knud Fisker

MÓNACO: Roma; Ibarra, Rodriguez, Givet e Evra; Zikos; Edouard Cissé, Bernardi e Rothen; Giuly «cap.» e Morientes
Substituições: Giuly por Prso (23m), Edouard Cissé por Nonda (68m) e Givet por Squillaci (71m)
Não utilizados: Tony Sylva, Plasil, Squillaci, Adebayor e El-Fakiri
Treinador: Didier Deschamps

F.C. PORTO: Vítor Baía; Paulo Ferreira, Jorge Costa «cap.», Ricardo Carvalho e Nuno Valente; Costinha, Pedro Mendes, Maniche e Deco; Derlei e Carlos Alberto
Substituições: Carlos Alberto por Alenitchev (60m), Derlei por McCarthy (77m) e Deco por Pedro Emanuel (84m)
Não utilizados: Nuno, Ricardo Costa, Jankauskas e Bosingwa
Treinador: José Mourinho

Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Carlos Alberto (39m), Deco (70m) e Alenitchev (75m)
Disciplina: Cartão amarelo a Nuno Valente (28m) e Carlos Alberto (39m)

e no fim?


ORGULHO EM SER PORTUGUES, ORGULHO TRIPEIRO!

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Quando tudo corre mal...2009/2010



Venho com alguma amargura falar desta época, o meu clube procurava o Penta-Campeonato. Esta época tudo correu mal, castigos, lesões, problemas no balneário...tudo aquilo que não é rotina no futebol do meu clube.

Analisando superficialmente o que esteve bem, já que o que me interessa é remediar o mau e só bem compreendido e analisado é que é possível perceber o que fazer para catapultar o F.C.P para os grandes palcos que está habituado

Notas Positivas :

Falcao - boa afirmação do goleador, demonstrou o porque se tanta cobiça no passado mercado de verão, um nome a reter e a manter na próxima época.

Freddy Guarin - Afirmação do médio, Guarin é um grande jogador que procura espaço numa equipa tapada no meio-campo, sem dúvida, uma boa opção para...o banco.

Álvaro Pereira - Não sendo um defesa estonteante nem tão pouco do calibre de Cissokho, Álvaro fundamentalmente não comprometeu e revelou uma tendência atacante considerável, demonstrando que é um jogador maduro que sabe quando atacar sem nunca descurar a defesa.

Beto : Sem dúvida o próximo guarda-redes titular do Futebol Clube do Porto, demonstrou garra, mística, vontade de vencer conciliado com uma excelente performance na baliza, não antevejo problemas no balneário quando tal acontecer, Helton obteve todo o apoio de Baia, e assim se deve comportar.


Notas Negativas, a ordem pela qual as vou elencar não é de todo aleatória :

Balneário - Notou-se um cansaço físico que se traduziu num mau ambiente entre jogadores, sendo uns obrigados a esforços suplementares para tapar buracos. Devido a este cansaço físico desenvolveu-se um cansaço psicológico que facilmente transformou o Futebol Clube do Porto numa equipa amorfa, incapaz de reagir, incapaz de contrariar todas as vicissitudes que se deparou. Chegou ao cumulo de haver divergências dentro do balneário com rumores de agressões entre jogadores. É notorio que é necessário uma limpeza do Balneário, não digo limpar este, excluindo pesos pesados como Bruno Alves e Raul Meireles, pelo contrário, defendo a manutenção destes de forma a transmitir a mística e garra que estes jogadores personificam. Jogadores como Tomas Costa, Valeri, Prediguer não me interessam, não pelo seu rendimento, mas pela sua atitude. Prefiro uma equipa de Marianos Gonzalez, que será sem duvida reactiva, combativa, "de coração" do que uma equipa com o mínimo talento futebolístico mas sem vontade de trabalhar e funcionar.

Equipa Técnica - Surpreendentemente não vou apontar o dedo a Jesualdo Ferreira pelas tácticas, pelo escalonamento dos jogadores, penso sinceramente que com e equipa que teve ( devido a castigos e lesões), melhor era difícil neste campeonato. Aponto-lhe o dedo sim no erro dramático cometido por este senhor ao não exigir um Preparador Físico em condições para o F.C.P, é impensável que um clube desta categoria não tenha nos seus quadros um expert nesta área. Rui Barros, por muita estima que me mereça, não é o homem ideal para esta posição, não o critico nem o responsabilizo, fez o seu melhor..a culpa é de quem achou que o melhor dele era suficiente para esta equipa e o melhor para o clube.

Lesões e Castigos- Aparecem juntas? Pois claro, elas são a exteriorização dos problemas internos vividos, posso argumentar que o Porto foi vitima de artimanhas de bastidores, fundamentalmente da Liga? Posso! Mas não estava a ser totalmente sincero! As artimanhas surgem porque permitimos que estas aconteçam. Mas alguém duvida que um Porto personalizado, um Porto seguro de si, um Porto à Porto, se deixava cair na esparrela? Ninguem na plenitude das suas capacidades! Relativamente a lesões, citando um antigo professor, são "azares da vida", não as podemos prever, não podemos evitar...mas podemos precaver! Sublinho a ausência de um preparador físico expert na matéria escancarou a porta às indesejáveis deficiências físicas.

Uma pequena nota de referencia, caros leitores, o que é que acham que fez o Porto vencer por 3-1 o Benfica? A táctica? A frescura física? A inexistencia de casos e de decisões prejudiciais para o meu clube? Não! Foi a atitute vencedora! A Tactica? Com a mesma perdemos todos os jogos com o adversario. Cansaço? Se havia altura em que este era comum aparecer era na recta final da época. Lesões? É preciso enumerar? Jogamos 11 contra 11? Não! Sofremos o empate,e qual foi a nossa postura? Reactiva, combativa, vontade de vencer!

Assim sendo, e abordando o tabu das ultimas duas semanas....

Para treinador do Porto? Só tenho um desejo, que não seja Mourinho, mas pelo menos alguém com esta garra e atitude. É preciso perceber isso, no Dragão o melhor reforço que se pode ter esta época é a reconquista da atitude vencedora independentemente do que acontecer, não somos as virgens ofendidas que vi este ano, qualquer coisa que acontecia vinha a vitimização, temos que perceber e entender que em condições normais ou anormais (citando Mourinho), temos que ter um balneario e uma massa associativa forte, perdão, invencível! Isto sim é ser PORTO!

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Arranque "au ralenti"

Como que para pôr um ponto final à primeira fase do estágio de preparação para o Campeonato do Mundo, Portugal realizou um “jogo” amigável com a modesta Selecção de Cabo Verde. A turma de Dady é apenas 127ª classificada no ranking FIFA.
Era um jogo que Portugal tinha a obrigação de vencer, foi realmente um resultado fraco tendo em conta a diferença de potencial de ambas as formações.
Porém, tendo em conta que a maior parte do tempo Queiroz não teve à sua disposição nem metade dos convocados, na minha opinião não é razão para desespero e muito menos para descrenças antecipadas.

É óbvio que todos os jogos são para ganhar e que é a ganhar que se prepara melhor uma equipa para o sucesso – as outras selecções fortes (que também estiveram a receber os jogadores a conta-gotas) não vacilaram perante adversários bastante mais fracos –, mas também todos sabemos que o nosso Seleccionador não é nem nunca foi forte na motivação dos jogadores, pelo que neste jogo com Cabo Verde penso que ninguém estava instruído nem com vontade de meter o pé.
Estou verdadeiramente convicto – como penso que estamos todos (pior seria se não estivéssemos) – que se este jogo tivesse sido oficial a vitória não fugiria. Com extrema facilidade.


Sempre defendi o trabalho inovador e fundamentado de Carlos Queiroz ao serviço da Selecção Nacional.
Tem uma vasta rede de observação de jogadores, promove estágios para conhecer melhor jovens e jogadores convocáveis, tenta por a equipa a jogar um futebol bonito, dá oportunidades a todos e, no cômputo geral, faz as suas escolhas de acordo com a forma actual dos jogadores.
Sei que neste momento o que se quer é ganhar e entrar bem no Mundial, mas não posso desprezar toda uma preparação do futuro que tem sido feita. Também não posso desprezar um estudo pormenorizado (que pelo menos nos fazem crer que realizam) de todos os ínfimos detalhes que possam ser importantes. Como também me custa não defender – insisto – o bom futebol que muitas vezes foi praticado na qualificação. Quem negar isso está-se a deixar levar – com alguma justificação, reconheço – pela “falta” de resultados (quanto a mim baseada numa mera falta de sorte).

No entanto, não é da boa-vontade que reza a história. O futebol vive de resultados e isso também não pode ser ignorado da minha parte.
Caso não haja melhorias em termos práticos contra os Camarões as coisas começam a complicar-se, é um facto. Mas a minha convicção é que contra a turma de Samuel Eto’o as melhorias serão notórias.
Tal como defendo que os resultados ainda estão muito a tempo de aparecer, também estarei aqui para assumir o erro caso todo este trabalho que Queiroz mostra não sirva para nada em termos de resultados.


No que diz respeito ao jogo, Portugal entrou em campo praticamente com o meu onze preferido. Apenas trocava Paulo Ferreira por um Miguel em forma e Bruno Alves por Pepe completamente recuperado.
Penso que se Coentrão continuar com a mesma toada o lugar será merecidamente seu. Pode ser bastante importante nas suas já famosas incursões pelo flanco esquerdo.
Agrada-me bastante ter um meio campo com Pedro Mendes no vértice mais recuado e Miguel Veloso a 8. Quanto a mim são dos melhores jogadores do Mundo nessas posições e podem auxiliar bastante Deco na sua última prova ao mais alto nível.
No ataque, embora reconheça a boa época de Simão, não há a mínima hipótese de não jogar com Nani e Ronaldo no apoio a Liedson. Ambos os extremos são actualmente dos melhores do mundo a jogar em contra-ataque e acredito que, juntamente com um Liedson em forma, farão sérios estragos nas defesas adversárias.

Dentro de campo pouco deu para ver dado o carácter demasiado amigável do jogo. Apenas bons pormenores de Nani e Fábio Coentrão, muito provavelmente na tentativa de convencer definitivamente Queiroz que o lugar na primeira equipa deve ser seu.
De “destacar” também alguns bons entendimentos entre Danny e Ronaldo (com aquelas jogadas que Queiroz insiste em fazer: entrar dentro das defesas contrárias com passes rápidos e sempre em progressão).
Nota negativa para a falta de golos que, ainda que não seja alarmante para já, podem fazer alguma falta.

Destaque para as opções dentro do plantel. Muitos não gostaram de ver a polivalência de João Moutinho e Ruben Amorim fora do Mundial, mas a verdade é que os jogadores convocados fazem quase todos bastantes posições com bastante qualidade, pelo que está precavida qualquer lacuna à partida. Quanto a mim pode ser um factor importante a quantidade de opções que podem partir do banco.
Sem falar na defesa (que já tem excesso de opções), a menor quantidade de opções ofensivas pode perfeitamente ser colmatada com a qualidade dos jogadores convocados.
Raúl Meireles faz 6 e 8 com qualidade; Danny tanto faz de 10 como de 7 ou 11 (e ainda joga ao lado de Liedson num ataque rápido); Tiago também pode fazer qualquer posição no meio campo (e é muito forte em 4-4-2 losango caso haja uma alteração táctica); Miguel Veloso provou esta época que não tem o mínimo problema em fazer qualquer posição no meio campo com uma qualidade excepcional; Deco joga preferencialmente a 10, mas caso seja preciso pode jogar lado-a-lado com Danny tendo apenas um trinco atrás; Simão pode perfeitamente jogar a 10; Cristiano Ronaldo dispensa apresentações; etc.
Uma única crítica veemente. Por muito que goste do futebol de Hugo Almeida e que tente ver o que Queiroz vê nele como extremo esquerdo não consigo arranjar justificação para tal insistência.

Resumindo, tendo o 11 inicial em forma e um banco bem preparado e motivado, qualidade não falta a esta equipa. Se virmos os jogadores um a um são praticamente todos de grande qualidade e fazem várias posições – o que pode facilitar mudanças tácticas para ludibriar os adversários mais fortes.

Resta esperar pelo próximo jogo de preparação e acreditar que esse sim já será digno de ser chamado pelo próprio nome. E que eu não seja obrigado a envergonhadamente apagar este post.

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O Rei da Europa

Já está! José Mourinho conquistou de novo a Liga dos Campeões! (com 5 anos de atraso...)

No Verão de 2008, o empresário italiano e presidente do Inter, Massimo Moratti, despediu o treinador Roberto Mancini após este se ter sagrado Tri-Campeão Italiano, um feito notável uma vez que o Inter não era Campeão de Itália desde 1989! Soava a injustiça para os lados de Milão...mas Moratti desta vez sabia muito bem o que estava a preparar!

Nesse mesmo Verão, Moratti apresentou o novo treinador do Inter, nada mais nada menos que o treinador mais mediático da actualidade, José Mourinho, The Special One, rapidamente traduzido para Il Speciale.

Massimo Moratti foi claro em relação ao objectivo pedido a Mou: queria a Liga dos Campeões! O verdadeiro objectivo de Moratti era claro, queria concretizar o seu maior sonho: ser Campeão Europeu como presidente do Inter, tal como o seu pai Angelo fez em 1965. Moratti queria tirar uma fotografia igual à que o seu pai tirou há 45 anos atrás!

Ora bem, como todos sabemos, a equipa que tem José Mourinho no banco arrisca-se seriamente a ganhar a Liga dos Campeões.

Depois de passar a fase de grupos (Grupo F) na 2ª posição, atrás do Campeão Europeu em título, o Barcelona, e à frente das incómodas formações do Rubin Kazan e do Dínamo Kiev, o Inter entrou num percurso imaculado até à glória no Santiago Bernabéu.

Nos 1/8 Final, o destino quis que José Mourinho voltasse a Stamford Bridge, a sua casa durante três anos e meio. O Chelsea estava a ser até ao momento uma das melhores equipas da Europa, apresentando um surpreendente futebol de ataque sob o comando do Bi-Campeão Europeu, Don Carlo Ancelotti.

No final da 1ª mão, o Inter estava em vantagem fruto da vitória por 2-1 em San Siro e José Mourinho aproveitou para avisar que iría passar a eliminatória desse por onde desse e quando a passou, explicou porque estava tão confiante: " Stamford Bridge sempre será a minha casa, e como sabem...eu não perco em casa". Mourinho ganhou por 0-1 no seu regresso a Londres na 2ª mão.

Nos 1/4 Final o sorteio ditou que o Inter teria que medir forças com o CSKA Moscovo, a equipa que tinha feito a maior surpresa dos 1/8 Final quando eliminou o Sevilla contra todas as previsões. Mourinho estudou bem a lição que Manolo Jiménez não estudou e serviu aos russos por duas vezes o mesmo prato: 1-0.

Nas 1/2 Final novo reencontro com o Campeão Europeu em título, o Barcelona. Na 1ª mão, em Milão, José Mourinho viu-se em desvantagem desde os 20' com um golo de Pedro. Rapidamente, o Inter encarrilou para uma exibição monstruosa, marcando três golos. 3-1 no fim da 1ª parte da eliminatória. O Barcelona de Guardiola tinha acabado de perder pela primeira vez por mais que um golo.
A 2ª mão ficará será recordada como uma das melhores exibições defensivas de sempre!

O Inter, reduzido a 10 unidades desde muito cedo (expulsão de Motta por duplo amarelo), deu frequentemente a bola aos artistas do Barcelona, para que estes mostrassem o que sabiam fazer com ela. O Barça não conseguiu ultrapassar a muralha defensiva interista. A diferença do Inter para a maioria das equipas que dá a bola ao Barcelona e são rapidamente cilindradas, é que este Inter quando a dava, já tinha a sua defesa estava totalmente preparada para defender as investidas de ataque da equipa catalã. O truque estava em saber perder a bola! O Inter acabou por perder 1-0 (Piqué marcou já perto do final) e Mourinho disse no fim do jogo que era o melhor momento da sua carreira!

O Tiki-Taka de Guardiola foi travado pelo Airbus A-340 de José Mourinho!

Na final, no Santiago Bernabéu, diante os Tetra-Campeões Europeus, os alemães do FC Bayern, nenhuma surpresa. Como sabemos Mourinho não perde finais, por isso era uma questão de 90 minutos para que este levantasse a Taça e fizesse com que Massimo Moratti concretizasse o seu sonho de infância.

O Inter apresentou-se no Santiago de Bernabéu e marcou um golo em cada 35 minutos, e que golos! O Princípe, Diego Milito, marcou dois golos fabulosos e deu a vitória ao Inter 45 anos depois, desta vez em pleno Santiago Bernabéu! Milito foi também (e merecidamente) o MVP da final.

Mourinho voltou a levantar a Taça seis anos depois e anunciou que iría abandonar o Calcio para ingressar no Real Madrid. Advinha-se um novo reinado dos madrilenos na prova rainha da Uefa!

Os meus parabéns também aos portugueses Luis Figo (depois de 25 colectivos como jogador, alcança 3 títulos na primeira época como dirigente) e Ricardo Quaresma (junta a Liga dos Campeões à Taça Intercontinental de 2004) pela conquista.

Destaque também para Samuel Eto'o que se tornou no primeiro jogador a ganhar duas Tripletas (Champions, Campeonato e Taça) consecutivas desde 1992, ano em que a Liga dos Campeões passou a ter o formato actual. Eto'o juntou-se também ao lote de jogadores que ganharam a Prova Rainha por 4 vezes (2000,2006,2009 e 2010) e a Seedorf no lote de jogadores que ganharam a Liga dos Campeões por três clubes diferentes (Real Madrid, Barcelona e Inter).

Javier Zanetti atingiu a marca história de 700 jogos com a camisola nerazuri no mesmo dia em que levantou a Taça com que sonhava desde o dia em que chegou a Milão há 15 anos atrás. Um verdadeiro exemplo de profissionalismo! Outra curiosidade é o facto de Zanetti ter sido um dos quatro jogadores totalistas desta edição da Liga dos Campeões, os outros foram: Lahm, Butt e Júlio César.

Super-Atleti

Na Liga Europa, o Atlético de Madrid acabou por ser o vencedor. O Atlético de Madrid tinha chegado à final depois de ter vencido apenas por três vezes nas rondas anteriores, o saber empatar tinha sido a chave de Quique até então. Os Colchoneros eliminaram três dos principais favoritos à conquista da prova: Sporting, Valência e Liverpool, e na final despachou a simpática equipa londrina do Fulham (que joga terrivelmente por sinal) por 2-1. O uruguaio Diego Forlán bisou na final de Hamburgo e mostrou ao mundo a razão pela qual é considerado um dos maiores finalizadores do futebol actual. Forlán fez uso do seu fabuloso jogo sem bola e marcou dois golos à ponta-de-lança muito bonitos!

Quem se deve estar a rir desta vitória é o ex-treinador do Benfica, Quique Flores, que sem saber ler e escrever, acabou de juntar uma Liga Europa ao seu CV (tal como fez o ano passasdo quando ganhou uma Carsberg Cup). A renovação do contrato no Atlético está a caminho e esta conquista irá provavelmente render vários contratos até ao fim da sua carreira (um pouco como Carlos Manuel que ainda hoje faz render o seu golo à Alemanha em 1985).

Valeu a Quique a dupla de ataque composta por Aguëro e Forlán, uma das mais românticas do futebol internacional!

Simão está de parabéns pela sua primeira conquista europeia ao nível de clubes. Ao contrário de Quaresma que teve pouca influência no trajecto nerazurri, Simão teve um papel determinante na campanha Colchonera na Europa.

Fantasy Football

Chegou ao fim a 1ª edição da Fantasy Football do Settore Offensivo que contou com a participação de 31 treinadores de bancada. Pedro Ferreira e Silva sagrou-se campeão ao comando do Gasga Petrodólares com 671 pontos, depois de uma luta intensa durante todo o ano. Mázinho Utd e Squirrel's Eleven completaram o podium na 2ª e 3ª posição respectivamente

Parabéns a Pedro por se ter tornado primeiro Zé Mário do Settore Offensivo. Contamos contigo para defenderes o título na próxima época!

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Golo da Semana

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A Laranja Mecânica

Esta selecção holandesa não é tão forte em individualidades como a de outros anos, mas não deixa de aparecer no grupo de possíveis outsiders juntamente com Portugal.

A Holanda é talvez um dos países que se calhar já merecia ter sido Campeão do Mundo. Em fases finais já foram vice-campeões do Mundo por duas vezes (1974 e 1978), semi-finalistas por uma vez (1998) Ficaram-se pelos ¼ Final (1994) por uma vez e nos 1/8 Final (1938,1990 e 2006) por três vezes. É sem dúvida uma das selecções mais poderosas da actualidade
A Holanda é um país com grandes tradições no futebol. O Ajax, a sua maior potência futebolística, é tetra-campeão europeu. PSV e Feyenoord também já ganharam a Taça dos Campeões Europeus, uma vez cada. Além disso da Taça dos Campeões Europeus, a Taça Uefa também já foi ganha por equipas holandesas, Feyenoord por duas vezes, e pelo o Ajax e PSV uma vez cada.Na selecção holandesa já jogaram grandes craques mundiais, todos eles de clubes de topo, como Cruyff, Neeskens, Arie Haan, Resenbrink, Koeman, Rijkaard, Van Basten, Gullit, Bergkamp, Frank de Boer, Kluivert, Seedorf, Van der Sar, Van Nistelrooy, Robben e Sneijder.

Também grandes treinadores vierem do País das Túlipas como Rinus Michels, Van Gaal, Advocaat, Verbeek, van Marwijk, Co Adriaanse, Gullit ou Cruyff.

Na África do Sul, o treinador será van Marwijk, ex treinador do Feyenoord e Borussia Dortmund. Marwijk não tem o curriculum de Mourinho, Van Gaal ou Capello, mas já ganhou uma Taça Uefa em 2002 e uma Taça Holandesa em 2008 ao comando do Feyenoord. Três dos seus quatro adjuntos também são nossos bem conhecidos: Frank de Bóer, Ruud Hesp e (Phillip) Cocu. Van Marwijk é conhecido por colocar as suas equipas a jogar futebol de ataque, normalmente em 4-3-3. A Holanda será com certeza uma das selecções que irá praticar um bom futebol na África do Sul.

A Holanda foi o primeiro país europeu a qualificar-se para a África do Sul. Conta por vitórias todos os jogos disputados na qualificação, pese embora de ter calhado num grupo bastante acessível com Noruega e Escócia a serem as únicas selecções que poderiam tirar pontos. Macedónia e Islândia encheram o grupo.

Van Marwijk pré-convocou primeiramente 30 jogadores, agora o grupo já só tem 27 jogadores (Bakkal, Mendes da Silva e Brama foram dispensados entretanto). A maior ausência na pré-convocatória inicial foi a de Ruud Van Nistelrooy. Não poderemos considerar uma surpresa, uma vez que van Gol já tinha deixado a selecção há algum tempo e apenas se mostrou disponível para voltar a esta no início da época quando a Laranja Mecânica já tinha o passaporte para a África do Sul praticamente carimbado.

Na baliza os três guarda-redes já estão escolhidos. Boschker (Twente), campeão holandês pela segunda vez na carreira vai se estrear nos grandes palcos de selecções aos 39 anos (!). Stekelenburg (Ajax) e Vorm (Utrecht) completam o lote de guarda-redes. Stekelenburg deverá ser o titular no certame. Escusado será dizer que nenhum destes três guardiões tem a qualidade de Van der Saar que deixou a selecção após o Euro 2008. Na 3ª e 4ª jornada da fase de qualifcação, Van der Saar voltou à selecção a pedido do seleccionador para colmatar as vagas de Stekelenburg e Timmer por lesão. Timmer (Az Alkmaar) ficou fora do Mundial por opção.

Na defesa, nenhum jogador de qualidade mundial. Heitinga (Everton), o Carniceiro Bouhlarouz (Estugarda), Mathijsen (Hamburgo) e Ooijer (PSV) são os jogadores mais experientes e conhecidos. Van der Wiel (Ajax) é uma meia-surpresa, apesar de ter somente 22 anos, van der Wiel fez uma grande época, já todos esperávamos pela sua chamada. O lateral-esquerdo Braafheid (Celtic) também foi chamado, é um jogador menos conhecido dos adeptos, mas o seu valor é inegável. Vai ser uma das surpresas neste Mundial seguramente. Ron Vlaar (Feyenoord) foi a maior surpresa. Vlaar foi bi-campeão europeu de sub-21 em 2006 e 2007 e não foi chamado por van Marwijk para ajudar na fase de qualificação. Esta época Vlaar assumiu-se finalmente como o patrão da defesa da equipa de Roterdão, fazendo 22 jogos e marcando 4 golos para o campeonato, números que terão ajudado van Marwijk a decidir-se pela sua chamada. Giovanni Van Bronckhorst (Feyenoord), com 35 anos, foi também chamado. Gio já disse que se retirará do futebol a seguir a este Mundial.

No meio-campo a qualidade dos convocados é impressionante. Os três titulares já deverão estar escolhidos. Sneijder (Inter), depois de ter sido fulcral na tripleta do Inter esta época, é obviamente o cabeça de cartaz. Van der Vaart (Real Madrid) e Van Bommel, o líder do Bayern e da selecção completarão o meio-campo. Para o meio-campo foram também chamados Schaars (Az Alkmaar) que fez uma época banal, de Zeeuw que foi um dos obreiros da excelente época do Ajax, o gigante (1,98) Engelaar (PSV) que não participou em nenhum minuto na fase de qualificação tal como o jovem médio-ofensivo Anita (Ajax) e Afellay (PSV).

No ataque a Holanda tem o mesmo problema que Portugal, muitos extremos de inegável qualidade e apenas um ponta-de-lança de alto nível. Van Persie (Arsenal) e Robben (Bayern) serão à partida os extremos titulares. Para o lugar de ponta-de-lança há duas opções credíveis: ou joga Huntelaar (Milan) mais fixo, ou joga Kuyt (Liverpool) num tridente ofensivo mais móvel. Lens (Az Alkmaar) com 12 golos esta época e Elia (Hamburgo) com 6 são as outras opções para ponta-de-lança. Babel (Liverpool) deve ter o seu lugar no banco de suplentes já confirmado.

A Holanda está inserida no Grupo E juntamente com a Dinamarca, Japão e Camarões. Por isso, se a Holanda não for primeira do grupo, será uma enorme surpresa. Nos 1/8 Final jogará provavelmente contra o Paraguai, sendo que um jogo contra a Itália ou Eslováquia também não está totalmente descartado. A Holanda deverá chegar aos ¼ Final sem dificuldade.

A minha aposta: Stekelenburg, Vorm e Boschker; Ooijer, Heitinga, Bouhlarouz, e Mathijsen; Braafheid e Van Bronckhorst; Van der Wiel; Sneijder, de Zeuw, Van Bommel, Van der Vaart, Afellay, Schaars e Engelaar; Van Persie, Robben, Kuyt, Babel, Huntelaar e Elia.

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Casos da Jornada (30)

Leiria - Porto

23': Na jogada do golo do Leiria, a posição do jovem Ruben Brígido no momento do passe de Silas é legal.

35': Lance entre Miguel Lopes e Patrick na área leiriense, eu marcaria penalty mas benefício da dúvida ao árbitro.

60': Fora-de-jogo de Guarín no momento do desvio de Falcao para o seu compatriota. Golo mal validado para o FCP.

79': Lance normal entre André Santos e Hulk, sem falta para penalty.

86': Falcao toca primeiro na bola e depois força o contacto com Djuricic, à primeira parece o típico penalty entre avançado e guarda-redes mas de facto vê-se na repetição que há mergulho do colombiano.

Os 3 pontos do Porto estão, tendo em conta a diferença de 3 golos no resultado final, correctos.

Leixões - Sporting

Boa arbitragem de Elmano Santos, num jogo sem casos.

Benfica - Rio Ave

11': Cartão vermelho bem mostrado a Wires por entrada dura - pitons na perna adversária, sem bola - sobre Ramires.

19': Amarelo por mostrar a Airton por falta sobre Bruno Gama.

56': Lance duvidoso na área vila-condense, mas é a bola que vai ao braço de Gaspar e não o inverso.

Resultado correcto.

Nacional - Braga

37': Golo bem anulado a Luis Aguiar por fora-de-jogo.

49': Lance polémico entre Rodriguez e Edgar Silva, mas parece que é o goleador brasileiro que se deixa cair, sem razão por isso para penalty.

60': Golo anulado a Rentería. Por pouco, mas o colombiano estava de facto fora-de-jogo.

90+2': Disputa entre Nuno Pinto e Filipe Oliveira na área do Nacional, não vi o lance mas no Tribunal d'O Jogo 2 contra 1 dizem que não há penalty.

Resultado justo por isso.

Classificação Final Ajustada da Liga

Benfica 76 pontos (=)
FCP 70 pontos (+2 que na realidade)
Braga 68 pontos (-3 que na realidade)
Sporting 52 pontos (+4 que na realidade)

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A NOSSA SELECÇÃO... "DE PELO NA BENTA"




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Dizem por cá...

Ora boas tardes a todos...

E ao que parece será mesmo Paulo Bento o sucessor de Jesualdo Ferreira...
Dizem por cá, boatos... ou não.

A ver vamos...

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2009/2010

Na época que agora terminou, poucos são os jogadores do Sporting que estão mais valorizados agora do que em Julho passado. Miguel Veloso foi de longe o que mais aproveitou esta época para se valorizar. Saleiro subiu uns pontos. Pedro Mendes voltou a entrar no mapa do futebol português e João Pereira confirmou ser um dos bons laterais direitos que há no futebol português. João Moutinho, Rui Patrício e Liedson continuam a mostrar enorme regularidade. Daniel Carriço melhorou mas ainda não explodiu.


Vejamos:
Começando pelos treinadores:
Paulo Bento. A eliminação da Liga dos Campeões foi a primeira peça do dominó leonino que caiu. A partir daí caiu tudo o que havia para cair, caíu e Paulo Bento era uma das primeiras peças. Logicamente que é um dos culpados da má época, mas não nos podemos esquecer dos milagres que fez nas outras. Apesar do plantel não ser extraordinário, Paulo Bento já tinha provado que era capaz de fazer melhor com plantéis piores. Paulo Banto acima de tudo mostrou que não conseguia mudar o rumo que a época estava a tomar nem tirar o melhor rendimento de alguns jogadores.

Carlos Carvalhal. Chegou ao Sporting com o objectivo de minimizar os estragos, e fê-lo! Não fez pré-época é verdade, (mas não me esqueço que a fez no Marítimo e o resultado também não foi bom) o que é sempre complicado para qualquer treinador. Apanhou uma equipa em cacos e tentou juntá-la. Alternou as boas séries de resultados com séries más. Quando pôde provar que era treinador para agarrar o lugar, não o conseguiu (e podia ter feito) sofrendo goleadas diante dos dois maiores rivais nas duas Taças. Quando podia ter feito um brilharete na Europa, também não o conseguiu. No fundo, o seu contrato não foi renovado porque não mostrou ter mãos para o Sporting. Mesmo assim, Carlos Carvalhal sai valorizado e deixa uma imagem positiva juntos dos adeptos do Sporting.

Jogadores:

Rui Patrício (52J). Jogou todos os minutos do Sporting esta época e há que lhe dar valor por isso. Obviamente que não é um dos culpados do Sporting esta época. Melhorou bastante: os frangos são cada vez mais raros e está cada vez mais seguro. No entanto, as defesas impossíveis (do estilo Casillas, Cech, Stoijkovic ou Van der Sar) continuam a não ser o seu forte. Foi também fundamental na qualificação para os Play-Off de acesso à fase de grupo da Liga dos Campeões com o seu quase golo. É uma verdadeira injustiça ficar fora do Mundial.
Tiago (0J). Mais do mesmo! Continua as suas ricas férias por Alvalade. Já lá vão 13 épocas no bem bom! Este ano não jogou sequer um jogo, mas ainda conseguiu ver por duas vezes a cartolina amarela e por uma vez a vermelha. O Nuno pelo menos ainda é porta-voz do balneário do FC Porto. O que dizer?
Ricardo Baptista (0J): Não era suposto dar competitividade à baliza? Duas épocas, um jogo. Pelo menos que jogasse na Liga Intercalar.

Abel (28J/0G). Para ser sincero, não foi das suas piores épocas! Abel até jogou mais vezes do que eu pensava que jogaria, mas apenas porque a concorrência também era má. Abel é muito limitado tecnicamente, fraco a receber a bola e a centrar. Está na altura de sair.

Pedro Silva (17J/1G). Foi um dos principais responsáveis pela eliminação da Liga dos Campeões frente à Fiorentina. Defende e ataca mal! É sem dúvida um dos piores jogadores deste plantel. O mais grave é que joga bastantes vezes e quando joga, toca demasiadas vezes na bola. Nem tenta disfarçar a falta de qualidade! Penso que sairá este Verão, mas não devia ter passado do primeiro Inverno. Ficou três épocas inteiras em Alvalade. Como é possível?

João Pereira (16J/1G). Chegou a Alvalade depois de ter feito uma excelente primeira volta no Sp.Braga. Fez o que pôde, dinamizou muito bem o flanco direito, marcou golos e até actuou no meio-campo. Não se pode pedir mais. Para a história fica a expulsão aos 6' contra o Benfica para a Taça da Liga.
Anderson Polga (25J/1G). Uma época ao nível da de 2004/2005, para esquecer! Perdeu justamente o lugar a meio da época para Tonel e nunca foi o Polga de outros tempos. Polga parece ser um jogador que depende muito da sua própria concentração. Se está concentrado é dos melhores defesas em Portugal, se não está, está tudo perdido! Está na hora de voltar ao Brasi. Como recordação fica o raro golo marcado ao At. Madrid.

Tonel (35J/1G). Uma época mediana do central. Ganhou o lugar a Polga a meio da época e não tantos golos como habitualmente o faz. Fez o que podia, mas não tem qualidade para ser titular.

Daniel Carriço (41J/1G). Uma época em que evoluiu pouco, muito por culpa do momento da equipa. Afirmou-se como titular na equipa e também como líder da defesa. Pode melhorar!

Caneira (12J). Teve a sua pior época de sempre no Sporting. Tapado no centro da defesa por Polga, Tonel e Carriço. Não ganhou a luta no lado de esquerdo da defesa a André Marques, M.Veloso e Grimi nem o lado direito a Abel e Pedro Silva! Sempre que foi chamado a jogar, não jogou mal! Não foi opção nem para Paulo Bento nem para Carvalhal.

André Marques (11J). Demasiado verde. É o típico projecto de um lateral-moderno. Tem uma estampa física que impressiona que o faz ganhar a maioria dos lances de cabeça e no ombro a ombro. Fica muito nervoso com a bola nos pés, apesar de revelar um pé esquerdo interessante. Faz também demasiadas faltas estúpidas! Precisa de jogar mais minutos antes de voltar ao Sporting.

Grimi (32J/2G). É um dos maiores entertainers do Sporting, mas apenas para rir! É de louvar a sua entrega ao jogo e a raça com que veste a camisola do Sporting. Em bom da verdade, Grimi apenas é uma mais valia quando defende muito concentrado. Dá volume ofensivo, só que não tem qualidade para fazê-lo. Não sabe o que fazer à bola na maioria das vezes que a tem no pé e isso no Sporting não pode ser. Apesar de ser um bom rapaz, por mim tem que ir andando…

Miguel Veloso (47J/11G). Uma grande surpresa! Jogou em várias posições: lateral-esquerdo, médio defensivo, médio interior esquerdo e direito e nº10. Foi um regalo para os olhos vê-lo jogar desta maneira. Marcou golos de bandeira e jogou muito futebol esta época, coisa que não tinha vindo a fazer nas últimas épocas! Merece a chamada de CQ e a transferência para um grande da Europa.
Adrien (21J/1G). Jogou mais do nas outras épocas, principalmente desde que Carvalhal assumiu o comando, mas jogou sempre na posição errada. Para mim, Adrien não é trinco, é médio centro e a jogar a trinco é difícil mostrar o seu (bom) futebol. Quando jogou, Adrien tentou destruir e construir ao mesmo tempo, só que não conseguiu cumprir as duas tarefas com qualidade pois desgastava-se muito ao fazê-lo. Via-se claramente que estava demasiado sozinho no meio-campo e acabou por ser bastante criticado injustamente! Eu reconheço-lhe bastante potencial!

Pedro Mendes (24J/1G). Chegou tarde de mais. Encaixou como uma luva no meio-campo do Sporting. Entrega sempre bem a bola depois de a recuperar sem fazer falta (Adrien ou fazia uma ou outra). A sua experiência foi uma mais valia para minimizar os estragos.

João Moutinho (50J/9G). Fez melhor época de sempre em termos pessoais. 9 golos e muitas assistências. João Moutinho jogou sempre em alta rotação. É o tipo de jogador que qualquer treinador gosta de ter, pois tem sempre o mesmo rendimento com todos os treinadores. Dá tudo em campo, não sabe jogar mal e está sempre disponível. Como pode João Moutinho ficar fora do Mundial?

Pereirinha (31J). Continua a evoluir ou estagnou? Mostrou muito potencial quando apareceu na primeira equipa, mas desde aí que não evoluiu. Se há jogadores que são demasiado estrelas (H.Barbosa, M.Veloso ou Quaresma) outros podiam ter mais confiança em si, como é o nítido caso de Pereirinha. Falta-lhe raça e agressividade para jogar no Sporting, parece que entra sempre em campo sem vontade de se afirmar e com muito medo de errar. Precisa de jogar para evoluir e ganhar confiança. É melhor ser emprestado.

Vukcevic (27J/3G). Sem dúvida a grande desilusão da época! Vuk tinha tudo para ser a estrela do Sporting! Eu continuo a dizer, Vuk tem tanto potencial como Hulk. É fortíssimo fisicamente, é rápido, sabe jogar de cabeça, tem um bom pé esquerdo, remate bem e forte, é explosivo, sabe driblar e tem muita frieza na hora de finalizar (é raro falhar golos). Foram-lhe concedidas inúmeras oportunidades mas Vuk não as aproveitou. Foi sempre demasiado individualista e continuou a mostrar que não sabe jogar em equipa. Parece que afinal não era uma embirração de Paulo Bento. Com muita pena minha, a sua saída é inevitável.

Izmailov (23J/2G). Começou a época lesionado, mas assim que recuperou foi quase sempre titular. Quando jogou, jogou bem e foi quase sempre dos melhores jogadores do Sporting em campo. A sua época fica logicamente marcada com o caso que protagonizou no dia da recepção ao At. Madrid. É possível que seja transferido este Verão para o clube ter dinheiro para se reforçar.

Angulo (7J). O internacional espanhol veio passar férias a Lisboa. Saiu em Novembro e desde aí que continua em férias. Ridículo!

Matias Fernández (45J/5G) Foi uma meia desilusão! Obviamente que não foi dos piores jogadores do Sporting esta temporada, mas todos esperávamos muito mais do melhor jogador da América do Sul em 2006/2007. Mostrou que sabe jogar futebol, que tem uma técnica digna dos melhores jogadores do mundo, mostrou boas ideias enquanto esteve em campo, mas tem que trabalhar muito mais, principalmente em termos defensivos. Para Matias digo o mesmo que digo a muitos: futebol é regularidade! Não chega mostrar muito de vez em quando que é um fora-de-série.
Foi convocado por Marcelo Bielsa para ir à África do Sul.

Yannick (32J/7G). Continua a ser um jogador de extremos. Algumas exibições muito bem conseguidas, outras terríveis. Yannick ainda não aprendeu a receber a bola (o que é grave visto que ele teve formação para isso e já tem 24 anos), e o mais grave ainda é que os seus treinadores e colegas não percebem isso e insistem em fazer com que Yannick tenha a bola no pé. A bola tem que ser colocada em profundidade para não perder tempo a dominá-la e assim poder usar a sua velocidade para fazer estragos, que é a sua maior qualidade. É um jogador muito querido entre o plantel, o que faz dele um não-dispensável. Pode ser que se afirme definitivamente na próxima época no Sporting e na selecção.
Postiga (33J/1G). O que se pode dizer de um ponta-de-lança que marca 1 golo em 31 jogos? Postiga começou a época a titular mas a ausência de veia goleadora fê-lo sentar no banco. Os números não são tudo é verdade, Postiga até trabalha bastante no desgaste da defesa e serviu muitas vezes os colegas quando ele próprio poderia marcar, o problema que os avançados vivem de golos…

Saleiro (28J/5G). Só começou a jogar regularmente com Carvalhal e que surpresa! É o típico avançado com escola. Faz movimentações muito interessantes, joga de costas para a baliza, joga razoavelmente bem com os dois pés e de cabeça e trabalha bem! Foi, para mim o jogador que melhor combinou com Liedson. Ainda se faz jogador!
Caicedo (11J/0 G). Nunca se chegou a adaptar. Caicedo é um avançado que eu há muito não via. Joga à mama sem ter os dotes de finalizador. Falhou dois golos decisivos que custaram o lugar a Paulo Bento (Marítimo em casa e Rio Ave fora). Foi embora para o La Rosaleda e já ninguém se lembra dele.

Sinama-Pongolle (6J/1G). O atleta francês teve muito azar esta temporada. Aterrou de pára-quedas no Sporting e desde aí foram só problemas familiares muito graves. Que volte depressa para mostrar que tem valor!

Liedson (46J/22G). Foi uma vez mais o melhor jogador do Sporting. Liedshow continua a marcar golos em barda todas as épocas. Já não tem a velocidade de outros tempos, mas continua a ser fulcral (e agora também o é na selecção) na equipa, principalmente a recuperar bolas aos defesas-centrais que insistem em não aliviar a bola quando o vêm por perto e a inventar golos. Espero que faça um grande Mundial 2010 e que seja um dos melhores marcadores! Liedson merecia uma estátua em Alvalade por tudo o que tem feito!

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